Hoje na Economia – 16/05/2025
Cenário Internacional
Donald Trump afirmou que pretende decretar tarifas sobre alguns parceiros comerciais dos EUA nas próximas duas ou três semanas, justificando que o governo não teria capacidade de negociar acordos com todos os países ao mesmo tempo, citando que mais de 150 nações desejam firmar acordos com os Estados Unidos.
No campo da política monetária, Raphael Bostic, presidente do Fed de Atlanta, afirmou que espera uma desaceleração da economia americana, mas não uma recessão. Ele reiterou sua projeção de apenas um corte nas taxas de juros até dezembro deste ano.
Na agenda internacional de dados, no Japão, a leitura preliminar do PIB do primeiro trimestre apontou uma contração de 0,2% T/T, levemente abaixo da expectativa de -0,1%.
Ainda hoje, nos Estados Unidos, serão divulgados os dados de início de construção de novas moradias e concessões de alvarás de abril, além dos índices de preços de importações e exportações referentes ao mesmo mês. Às 11h, será publicada a leitura preliminar de maio da sondagem de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.
Cenário Brasil
Os jornais reportaram ontem que o governo estuda um conjunto de medidas fiscais com o objetivo de impulsionar a popularidade do presidente Lula. Entre as propostas estão: uma linha de crédito para entregadores por aplicativo, um programa para utilização da estrutura de hospitais privados em cirurgias do SUS, e a equiparação de benefícios entre motoristas de aplicativo e taxistas. No entanto, ainda ontem, o ministro Fernando Haddad negou a existência de um pacote de medidas com impacto fiscal relevante, afirmando que irá apresentar “medidas pontuais” na próxima semana voltadas ao cumprimento da meta primária deste ano.
Sobre o relatório fiscal bimestral, que será divulgado no dia 22 de maio, a Folha de São Paulo antecipou que integrantes do governo estimam um ajuste fiscal de até R$ 20 bilhões. Segundo a reportagem, a equipe econômica quer assegurar que o contingenciamento e o bloqueio de despesas não fiquem abaixo de R$ 10 bilhões, para não comprometer o cumprimento da meta fiscal de 2025.
Os jornais também apontam que o governo já admite a possibilidade de instalação da CPMI do INSS e que estaria atuando nos bastidores para influenciar a indicação de membros da comissão, visando à presidência e a relatoria do colegiado.
Por fim, o INSS informou que, até as 17h de ontem, 1.051.238 beneficiários alegaram não reconhecer os descontos realizados por associações em seus benefícios e solicitaram o reembolso.