Hoje na Economia 28/05/2015

Hoje na Economia 28/05/2015

Edição 1284

28/05/2015

Sem uma agenda marcante, mercados aproveitam esta manhã para uma reavaliação. Prevalece clara tendência ao ajuste técnico em diversos mercados de ações, após os elevados patamares alcançados em período recente.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu STOXX600 registra queda de 0,25%, refletindo a cautela dos investidores diante do impasse que prossegue nas negociações da Grécia com seus credores. A bolsa de Londres apresenta ligeira alta (+0,10%) no momento, enquanto Paris e Frankfurt recuam 0,43% e 0,27%, respectivamente. O euro troca de mãos a US$ 1,0934, contra US$ 1,0906 de ontem à tarde.

Na Ásia, a maioria dos mercados fechou em baixa. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 0,30%. Mas o destaque ficou para a bolsa de Tókio. O índice Nikkei apurou valorização de 0,39%, fechando em alta pelo décimo pregão consecutivo. Essa performance refletiu o impacto positivo da valorização do dólar, que ficou acima de 124 ienes durante o pregão, voltando para 123,87 ienes no fechamento. Pouco depois, o dólar voltou a operar acima de 124 ienes (124,14 ienes no momento) após o presidente do Fed de San Francisco, John Willians, ter dito que os juros dos EUA devem subir "em algum momento" de 2015, em linha com o que Janet Yellen disse na sexta-feira. Na China, a bolsa de Xangai registrou sua segunda pior queda do ano. O índice Xangai Composto fechou em baixa de 6,50%, pressionado pelas vendas de participações em dois bancos estatais realizada por uma grande empresa de investimentos. Em Hong Kong, bolsa local apurou perda de 2,23%.

Nesta manhã, o dólar perde frente às principais moedas. O índice DXY – que mede a variação do dólar em relação a uma cesta de moedas – registra perda de 0,26% no momento, a 97,115 pontos. O juro do T-Bond de 10 anos situa-se em 2,128% ao ano, mantendo-se relativamente estável. O índice futuro do S&P 500 opera com discreta queda (-0,06%). Hoje será conhecido o total de novos pedidos de seguro desemprego ocorridos na semana passada, que segundo o consenso deve atingir 270 mil pedidos, contra 274 mil na semana anterior.

O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 57,71/barril, com alta de 0,35% no momento, com a expectativa de queda nos estoques americanos a ser divulgada nesta manhã. Demais commodities se recuperam frente à queda de ontem: índice total +0,33%; metais básicos +0,50% e agrícolas +0,52%.

A Bovespa pode experimentar algum ajuste no pregão de hoje, acompanhando os principais mercados internacionais. Contribui também a redução da temperatura no ambiente político após a aprovação das MPs 664 (pensões) e 665 (seguro desemprego). O Ministro Levy deu por concluído o esforço principal do ajuste fiscal. O dólar pode abrir em queda ante o real, influenciado pelo cenário externo, favorecendo o desempenho dos juros futuros. Na agenda, a divulgação do IGP-M de maio que deve mostrar inflação de 0,40% no mês (1,17% em abril) e 4,08% em doze meses, segundo a mediana das projeções do mercado.

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