Hoje na Economia – 09/06/2022

Hoje na Economia – 09/06/2022

Cenário Internacional
No cenário internacional, o dia de ontem foi pouco movimentado em termos de notícias e divulgação de dados relevantes. Os mercados reagiram relativamente bem à alta do petróleo, sem maiores movimentos em juros e moedas. Hoje, a expectativa é que o Banco Central Europeu eleve a taxa de juros em 0,25 p.p., enquanto o mercado aguarda a divulgação do dado de inflação ao consumidor nos EUA.
Vale a ressalva, porém, que a alta do petróleo e a desvalorização do real observada nos últimos dias tem aumentado a defasagem dos combustíveis. Esse é um fator de risco relevante pro cenário nacional, em particular para o diesel.
Cenário Nacional
A inflação segue em evidência no cenário doméstico, com a divulgação de dados importantes e avanço nas discussões dos projetos de redução tarifária nos preços dos combustíveis. Ontem, foi divulgado o IGP-DI, que subiu 0,69% no mês de maio, refletindo pressões altistas em alimentos, commodities agrícolas e combustíveis. O qualitativo do número, porém, foi positivo com desaceleração do núcleo industrial do índice de preços ao produtor. Ainda é cedo para maiores conclusões, mas é um indício preliminar de potencial de arrefecimento dos preços industriais (o que seria uma boa notícia pras perspectivas do IPCA a frente).
Hoje, será divulgado o IPCA do mês de maio, para o qual a SulAmérica Investimentos projeta alta de 0,63%. Mediana do mercado em 0.60%.
No front político, mais informações sobre o PLP-18 (o do teto do ICMS), e das PECs para compensação dos estados e dos biocombustíveis foram reveladas. Em particular, o relator manteve a estrutura do texto aprovado na Câmara – com sua renúncia de receita aos cofres dos estados e municípios. Alterações nos artigos relacionados a compensação, melhorou um pouco o panorama pros subnacionais, mas ainda em montante bem inferior ao impacto negativo de 1% do PIB nas receitas estaduais. Votação do texto no Senado marcada para segunda-feira.
Ademais, a Petrobras soltou nota alertando para o risco de desabastecimento se não adotar preços compatíveis com o mercado internacional (na nossa visão no caso do diesel o risco sim, existe). Movimento foi lido como sinalização de novo reajuste do diesel. Foco dos mercados será nas repercussões em Brasília e junto aos setores afetados.
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