Mercados mundiais permanecem em “risk on mode”, nesta quarta-feira, mesmo com alguns dos principais índices de ações internacionais registrando valorizações recordes. As altas, nesta manhã, vésperas de feriado nos EUA, são mais moderadas. Investidores permanecem motivados diante da perspectiva de chegada, em breve, de uma vacina definitiva contra a covid-19 e com o desenrolar pacífico da sucessão americana.

Na Ásia, em meio a movimentos de realização de lucros, as bolsas de ações fecharam no positivo, na esteira do otimismo visto na véspera em Wall Street, onde foram batidos recordes de alta. O índice regional MSCI Asia Pacific encerrou o pregão de hoje próximo da estabilidade. No Japão, o índice Nikkei teve valorização de 0,50% em Tóquio, mantendo-se no mais alto nível desde maio de 1991. O destaque do dia foi a alta de 10,2% dos papéis da Japan Airlines, em meio a expectativa de volta da normalidade das viagens aéreas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,31%. Movimentos de realização de lucros fizeram com que o sul-coreano Kospi fechasse o dia com queda de -0,62% em Seul; na China, o índice Xangai Composto recuou -1,19%, n pregão de hoje.

Na Europa, as bolsas também abriram em alta, contaminadas pelo entusiasmo visto nos mercados americanos na sessão de ontem. Mas o apetite ao risco é contido pelas dúvidas que cercam o acordo da União Europeia após o Brexit, onde ainda é relevante o risco de uma saída sem acordo. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem alta marginal de 0,03%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe discretos 0,13%; o CAC40 avança 0,24% em Paris, enquanto em Frankfurt, o DAX oscila em torno da estabilidade.

A disposição dos investidores em assumir posições de risco, em várias partes do mundo, desfavorece o dólar em termos globais. O índice DXY do dólar, que avalia o valor da moeda americana diante de uma cesta de moedas, recua -0,15%, situando-se em 92,08 pontos, nesta manhã. O euro é negociado a US$ 1,900, ante US$ 1,1893 de ontem à tarde; enquanto a libra é cotada a US$ 1,3370 (de US$ 1,3357). O dólar é negociado a 104,40 ienes, contra 104,50 ienes no final de ontem. Os futuros de ações de Nova York não mostram direcional claro, apontando para uma realização de lucros após as fortes altas de ontem quando o índice Dow Jones renovou recorde histórico. No momento, o futuro do Dow Jones tem ligeiro recuo de -0,02%; o S&P 500 tem queda de -0,14%; Nasdaq sobe 0,19%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos mantém-se em torno de 0,88% ao ano. Na agenda de indicadores, serão divulgados os dados de renda pessoal, consumo pessoal e inflação, medida pelo deflator do consumo (PCE), todos referentes a outubro. Destaque também para a divulgação da ata da reunião de política monetária do Fed (Fomc), realizada no mês passado.

No mercado de commodities, o petróleo sustenta alta pela quarta sessão seguida, com investidores otimistas com o retorno da demanda quando chegar a vacina contra a covid-19. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para janeiro, é negociado a US$ 45,48/barril, com alta de 1,27%.

No mercado doméstico, o Banco Central divulgará a nota do setor externo de outubro, que deverá mostrar novo superávit mensal em contas correntes e avanço moderado nos investimentos diretos no país. Nos mercados, o dia aponta para mais um pregão de alta para a Bovespa, na esteira do entusiasmo com vacina, com o novo governo americano e indicadores mostrando resiliência da atividade econômica nos EUA. Expectativa de queda para o dólar frente ao real e recuo dos juros futuros, mas limitados por um ambiente político que não consegue avançar na questão fiscal.

Topo