Índice econômico – varejo (fev/21)

Índice econômico – varejo (fev/21)

As vendas no varejo no Brasil tiveram alta de 0,6% M/M em fevereiro, acima do que era projetado pela SulAmérica Investimentos (-2,0%), mas abaixo da expectativa do mercado (+0,7%). Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve queda de -3,8% A/A, e a variação em 12 meses diminuiu de 1,1% em janeiro para 0,4% em fevereiro.

Houve alta em metade dos grupos que compõem o varejo restrito, mas as variações positivas foram bem mais intensas que as negativas. As quedas ficaram entre -0,2% M/M em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e -0,5% M/M em Outros artigos de uso pessoal. Por outro lado, a menor alta foi de 0,8% M/M em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e outros grupos tiveram altas substanciais de 7,8% M/M em Tecidos, vestuário e calçados, 9,3% M/M em móveis e eletrodomésticos e 15,4% M/M em Livros, jornais, revistas e papelaria.

As vendas no varejo restrito agora estão 0,4% acima do nível anterior à pandemia de Covid-19, contra 0,2% abaixo do mês anterior. O nível ainda é menor que o visto no segundo semestre do ano passado, que era de 6% acima em média, impulsionado pelo auxílio emergencial às famílias. Metade dos grupos segue com nível de vendas superior ao visto antes da pandemia (Artigos farmacêuticos 13,1%, Outros artigos de uso pessoal 5,8%, Móveis e eletrodomésticos 4,9% e Hipermercados e supermercados 0,5%), enquanto a outra metade segue consideravelmente abaixo (-39,8% Livros e jornais, -14,4% Vestuário e calçados, -8,4% Equipamento de comunicação e -7,0% Combustíveis).

O varejo ampliado teve um desempenho melhor que o restrito, com crescimento de 4,1% M/M e queda de apenas -2,0% A/A. As vendas de Veículos, motos, partes e peças subiram 8,8% M/M em fevereiro e de material de construção 2,0% M/M. As primeiras se aproximaram do nível anterior à pandemia, estando apenas 2% abaixo dele, enquanto o setor de construção segue sendo o de melhor desempenho, com vendas 20% acima do nível pré-Covid.

As restrições à mobilidade devem fazer as vendas no varejo recuarem em março. Em abril, a retomada dos pagamentos de auxílio emergencial, por sua vez, devem fazê-las voltarem a crescer. A expectativa da SulAmérica Investimentos é de crescimento de 1,5% nas vendas no varejo em 2021, contra 1,2% em 2020, sendo um dos setores menos afetados pelo distanciamento social e mais beneficiados pelos estímulos fiscais concedidos pelo governo.

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