Ata do Copom – Abril/16

Ata do Copom – Abril/16

Ata do Copom – Abril 2016

A ata da reunião do Copom de abril teve um tom mais hawkish.

Houve poucas mudanças em relação à ata da reunião passada, mas as que ocorreram tiveram tom hawkish. As principais alterações ocorreram nos parágrafos 25, 29 e 32.

No parágrafo 25, a posição do Copom em relação à política fiscal mudou em relação à ata anterior, com o Copom caracterizando a política fiscal agora como expansionista e não dizendo mais que ela pode se deslocar para a zona de neutralidade no futuro.

No parágrafo 29, o comitê retirou a parte que dizia que o cenário de convergência da inflação em 2017 para 4,5% estava se fortalecendo, agora colocando que reconhece os avanços no combate à inflação, mas considera que o nível elevado da inflação em 12 meses e as expectativas de inflação distantes do centro da meta não oferecem espaço para flexibilização da política monetária.

No parágrafo 32, o Copom ressaltou que, no contexto atual, o cenário central não permite trabalhar com a hipótese de flexibilização de política monetária.

As projeções de inflação do BC recuaram em relação à ata anterior, mas mesmo com o uso de uma hipótese de câmbio bem mais valorizado (R$/US$ 3,55 contra R$/US$ 3,95) ainda se encontram acima da meta de inflação tanto em 2016 quanto em 2017. E, ainda, no cenário de mercado, que incorpora as quedas de juros do relatório Focus, a inflação para 2017 subiu em relação à ata anterior.

As alterações na ata do Copom foram todas com um tom mais hawkish. Elas estão em linha com os discursos mais recentes dos membros do Copom, indicando que não deve haver queda na taxa de juros na próxima reunião, em junho.

Topo