Ata do COPOM – Setembro/2014

Ata do COPOM – Setembro/2014

Ata do COPOM – Setembro/2014

A ata do COPOM divulgada hoje mostra poucas mudanças em relação à ata anterior.

As projeções de inflação do COPOM para 2014 recuaram, porém ainda se encontram acima do centro da meta de inflação (movimento análogo ao que ocorreu no mercado, que agora projeta IPCA próximo de 6,25% para final do ano). As projeções para 2015 não foram alteradas, se encontrando acima do centro da meta. As projeções para os primeiros trimestres de 2016 ainda mostram convergência para o centro da meta, e o COPOM segue destacando isso.

Em relação à atividade, o COPOM parou de mencionar o descompasso entre oferta e demanda, indicando que, com a recessão técnica, o crescimento da absorção interna e do PIB se alinharam. Em outras palavras, a atividade deixou de ser inflacionária. Nas atas anteriores o COPOM destacava que esse processo iria ocorrer no futuro, mas ele já vê isso no presente na ata de setembro.

Em relação à inflação, o COPOM tirou ênfase da resistência da inflação ao longo dos trimestres finais de 2014, algo que ele esperava nas atas anteriores e que agora ele não menciona mais. Para o COPOM, a inflação elevada no momento segue refletindo os efeitos de realinhamento de preços administrados e de tradeables.

O COPOM destacou ainda mais sua estratégia nessa ata, dizendo que é plausível afirmar que, mantidas as condições monetárias atuais, a inflação tende a entrar em trajetória de convergência para a meta nos trimestres finais do horizonte de projeção (em 2016).

De forma geral, a ata mostrou um COPOM mais dovish, menos preocupado com a resistência da inflação, mas ainda comprometido com sua estratégia de manter os juros em 11,00% por um período longo para fazer a inflação convergir em 2016.

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