Comércio varejista – agosto

Comércio varejista – agosto

Comércio varejista – agosto

15/10/13

As vendas ao varejo em agosto tiveram crescimento de 0,9% M/M, acima da mediana das expectativas do mercado (0,2% M/M) e próximo da projeção da SulAmérica Investimentos (0,7% M/M). Em relação ao mesmo mês do ano anterior a taxa de variação foi de 6,2% A/A (expectativa da SulAmérica Investimentos de 5,9% A/A).

No mês de agosto houve crescimento na comparação M/M em 8 das 10 categorias, com apenas Vestuário e calados e Combustíveis mostrando queda. A taxa de crescimento da maior parte das categorias mostrou desaceleração em relação ao mês anterior (em que o comércio restrito teve crescimento de 2,1% M/M), com a desaceleração sendo mais pronunciada em Supermercados e alimentos (de 1,9% M/M para 0,6% M/M), Móveis e eletrodomésticos (de 2,6% M/M para 0,8% M/M) e Tecidos e vestuário (de 5,3% M/M para -0,9% M/M), com destaque para esse último setor. A desaceleração nos dois primeiros setores foi importante para a taxa de crescimento ter ficado menor (uma vez que eles são os responsáveis pela maior parte do crescimento das vendas no varejo ao longo dos últimos anos), porém esses dois setores ainda mostraram taxa de crescimento considerável na comparação M/M. É possível que as vendas de móveis e eletrodomésticos desacelerem um pouco mais em setembro e outubro, devido ao aumento dos preços resultantes do fim da isenção de IPI para seus produtos, no entanto elas ainda devem mostrar dinâmica favorável devido ao programa Minha Casa Melhor, de concessão de crédito para aquisição desses bens.

As vendas no varejo, que estavam estagnadas desde o final do ano passado, começaram a mostrar algum crescimento no 2º trimestre desse ano. O 3º trimestre até agora mostrou uma aceleração no crescimento dessas vendas, mesmo com a queda da confiança do consumidor. A maior oferte de crédito para alguns segmentos (eletrodomésticos), aliada à dinâmica mais favorável de preços (alimentos) conseguiu fazer as vendas subirem mais nesse período. Os números de julho e agosto das vendas no varejo mostram que a atividade econômica pode não ter sofrido uma queda tão forte no 3º trimestre quanto era temido após os protestos de junho. A projeção da SulAmérica Investimentos é de variação próxima de zero para o PIB do 3º trimestre.

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