Comércio Varejista – Janeiro/2013

Comércio Varejista – Janeiro/2013

Comércio varejista – janeiro

14/03/13

As vendas ao varejo em janeiro tiveram variação bem próxima da esperada, com crescimento de 0,6% M/M contra as expectativas da SulAmérica Investimentos e do mercado situando-se em 0,5% M/M. A taxa de crescimento em relação ao mesmo mês do ano anterior ficou em 5,9% A/A. Nas duas comparações houve aceleração em relação a dezembro (-0,4% e 5,9% A/A). Em 12 meses, as vendas no varejo mostram crescimento de 8,3%.

A maior parte dos setores do comércio restrito teve variação positiva em janeiro. As maiores contribuições positivas vieram de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (variação de 1,4% M/M), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (+18,5% M/M) e Outros artigos de uso pessoal (+4,7% M/M). A alta do segundo grupo, no entanto, pode ser meio enganosa devido à alta volatilidade que o caracteriza nas variações mensais. A tendência desse grupo, e de todos os bens duráveis na verdade, é de desaceleração do crescimento. Isso ocorre tanto pela saciedade (parte do que é chamado de demanda reprimida já foi atendida nos anos anteriores) quanto pelo aumento de preço que está se verificando nesses itens, resultado do fim da isenção do IPI e do aumento dos custos de importação com a equalização das taxas de ICMS nos portos.

O crescimento das vendas no grupo de supermercados e hipermercados, apesar de expressivo (1,4% M/M), foi menor do que o visto no mesmo mês do ano anterior (3,0% M/M). Esse crescimento menor decorre do aumento menor do salário mínimo em 2013 (2,7% em termos reais) do que em 2012 (7,5% em termos reais). O aumento de preços que está se verificando nos alimentos também não ajuda esse setor a ter um comportamento muito dinâmico.

O maior dinamismo das vendas está sendo observado nas vendas de bens não duráveis não ligados a alimentos.

Como dito em relatório anteriores, para o ano de 2013 as vendas no varejo devem seguir mostrando crescimento, porém mais fraco de forma geral devido ao menor aumento do salário mínimo (9% nesse ano contra 14% no ano passado). Ainda deve ocorrer um maior crescimento da atividade em 2013 do que em 2012, porém ele deve decorrer de uma melhora da produção, que não acompanhou o aumento da demanda por bens que ocorreu em 2012. As vendas no varejo devem apresentar crescimento real de 5,5% em 2013, menor do que o visto no ano anterior (8,4%), porém ainda maior que o projetado para a produção industrial (3,7%).

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