Economic Highlight – produção industrial (out/19)

Economic Highlight – produção industrial (out/19)

A produção industrial brasileira subiu 0,8% M/M em outubro, um pouco abaixo do que era previsto pela SulAmérica Investimentos (0,9%) e pelos analistas de mercado (mediana de 0,9%, segundo a Bloomberg).  Em relação ao mesmo mês do ano anterior houve crescimento 1,0% A/A, igual ao visto em set/19, mas bem melhor que os três meses de queda entre jun/19 e ago/19 (-3,5% A/A em média no período). A variação em 12 meses seguiu negativa, em -1,3%, porém está menos negativa do que a vista em ago/19 (-1,6%).

Houve crescimento em 4 das 5 categorias de uso e 14 dos 26 ramos pesquisados. Apenas a produção de bens de capital teve queda em outubro, de -0,3% M/M, sendo esse já o segundo mês consecutivo de contração (-0,4% M/M em set/19). Por outro lado, houve crescimento por dois meses seguidos na produção de bens de consumo duráveis (2,8% M/M em set/19 e 1,3% M/M em out/19) e bens de consumo semi e não duráveis (0,8% M/M e 1,0% M/M). Na produção de bens intermediários, a variação mensal ficou positiva pelo terceiro mês consecutivo, passando de 1,6% M/M em ago/19 para 0,2% M/M em set/19 e 0,3% M/M em out/19.

A média móvel de 3 meses da produção industrial passou de 0,3% T/T em set/19 para 1,4% T/T em out/19. Houve melhora em especial na indústria de transformação (de -0,4% T/T para 1,0% T/T), mas desaceleração na margem na extração mineral (14,5% T/T para 9,9% T/T). A extração mineral mostra sinais de acomodação, após muita volatilidade ao longo do ano (causada por interrupções na produção de minas devido a desastres ambientais). Ela acumulou queda de -26,4% entre fev/19 e abr/19, alta de 22,9% entre mai/19 e ago/19 e agora recuo de -2,8% nos últimos dois meses.

A produção industrial brasileira mostra sinais mais consistentes de crescimento, algo que não era visto há bastante tempo. A expansão por 3 meses consecutivos não ocorria desde nov/17. O crescimento médio nesse período foi de 0,8% M/M, sendo as duas últimas vezes que isso ocorreu foram ago/18 (com recuperação da queda forte causada pela paralisação dos caminhoneiros na metade do ano) e dez/17 (quando houve 4 meses consecutivos de crescimento). O patamar que a produção industrial alcançou em out/19 é o maior desde ago/18. A expectativa da SulAmérica Investimentos é de continuidade no crescimento da indústria nos próximos meses, fazendo com que ago/19 seja o “fundo” da variação em 12 meses (-1,6%), que deve terminar o ano em -0,6% (contra 1,0% em dez/18 e “pico” de 3,9% em abr/18, antes da greve dos caminhoneiros).

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