Economic Highlights – IPCA Setembro 2014

Economic Highlights – IPCA Setembro 2014

IPCA Setembro/2014

A inflação medida pelo IPCA em setembro ficou em 0,57% M/M, subindo em relação ao dado de agosto (0,25%) e em relação ao mesmo mês do ano anterior (0,35%). Com esse dado, a inflação em 12 meses subiu de 6,61% em agosto para 6,75% em setembro, o nível mais alto desde out/11 (6,97%), permanecendo acima do teto da meta de inflação (6,50%).

A surpresa em relação às estimativas da SulAmérica Investimentos (0,47%) e do mercado (0,48%) ocorreu em especial no grupo Alimentação e bebidas. Após três meses consecutivos de deflação nesse grupo, houve inflação de 0,78% M/M em setembro, puxada em especial pelos preços de carnes. Houve aumento na inflação mensal também nos grupos Vestuário, Transportes, Despesas Pessoais e Comunicação, mas a surpresa em relação às projeções não foi tão grande nesses casos.

Os preços administrados seguem sendo os grandes responsáveis pelo aumento da inflação no cálculo em 12 meses. A variação mensal deles não foi tão grande (0,40% M/M), porém a baixa base de comparação com o ano passado (0,16% M/M em set/13) significa que a inflação em 12 meses dos preços administrados seguiu subindo, de 5,06% A/A em ago/14 para 5,31% A/A em set/14. As projeções da SulAmérica Investimentos ainda indicam que os preços administrados devem chegar a pelo menos 6,2% no final do ano, podendo aumentar para 6,5%, dependendo se haverá reajuste de gasolina.

Os preços livres dentro do IPCA seguem pressionados, com variação de 0,62% M/M e 7,2% A/A. O aumento na inflação de preços livres decorreu em especial dos preços de alimentação, como mencionado acima. Os preços de serviços seguem bastante elevados (8,6% A/A), assim como os preços de bens industriais, que seguem em torno de 5,7% A/A.

A projeção da SulAmérica Investimentos para a inflação em 2014 foi reajustada de 6,3% para 6,4% após a surpresa do dado de setembro do IPCA. A fraca atividade econômica e o desemprego em alta podem levar a variações menores nos preços de bens industriais e serviços, porém esse movimento ainda deve ser lento. O reajuste de preços relativos de preços administrados e de bens comercializáveis deve seguir pressionando a inflação para cima nesse ano e no ano que vem, impedindo uma queda muito grande do IPCA (que deve ficar pelo menos em torno de 6,5% no ano que vem).

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