Hoje da Economia – 03/04/2019

Hoje da Economia – 03/04/2019

Edição 2226

03/04/2019

O otimismo prevalece entre os investidores, nesta quarta-feira, em meio à redução dos temores quanto ao crescimento global e com avanços concretos nas conversações comerciais entre EUA e China. Há fortes indícios de que os EUA e China estão próximos de concluir um acordo comercial. Segundo fontes oficiais, 90% do acordo está pronto. Hoje, funcionários do alto escalão de ambos os governos retomam as negociações em Washington, dando continuidade ao dialogo da semana passada em Pequim.

As bolsas asiáticas fecharam a sessão de hoje em alta. O índice MSCI Asia Pacific apurou valorização de 0,80%. Na China, o setor de serviços expandiu-se em ritmo mais forte em março, levando o índice de gerentes de compras (PMI) composto a subir de 50,7 em fevereiro para 52,9 em março, segundo a IHS Markit, o mais forte desde junho de 2018. Em Xangai, o índice Composto apurou ganho de 1,24%. Em Tóquio, o índice Nikkei avançou 0,97%, favorecido também pela fraqueza do iene diante do dólar ao longo do pregão. A moeda americana é cotada a 111,49 ienes de 111,38 ienes de ontem à tarde. O Hang Seng subiu 1,22% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi teve alta de 1,20% em Seul; o Taiex registrou ligeiro ganho de 0,13% em Taiwan.

Na Europa, bolsas de ações acompanham o bom humor visto na Ásia, impulsionadas também pela divulgação de indicadores econômicos mostrando bom dinamismo econômico em vários países, reduzindo os temores de desaceleração do crescimento econômico da região. O índice pan-europeu de ações avança 0,69%, nesta manhã. Em Paris, o CAC40 sobe 0,72%; o DAX avança 1,37% em Frankfurt. Em Londres, mercado acionário caminha na contra mão da região, com o índice FTSE100 registrando alta modesta de 0,01%. Investidores decepcionados com indicadores econômicos divulgados mostrando contração do setor de serviços em março. O euro é negociado a US$ 1,1249, subindo em relação ao valor de US$ 1,1203 do fim da tarde de ontem.

Expectativas mais otimistas em relação ao crescimento da economia mundial e perspectivas de acerto comercial entre EUA e China impulsionam os futuros de ações americanos que apontam para uma abertura com ganhos expressivos. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,44%, nesta manhã; do S&P 500 avança 0,51%; o Nasdaq ganha 0,63%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe a 2,580% de 2,470% no fim da tarde de ontem. O índice DXY recua 0,37% nesta manhã, mostrando a depreciação do dólar, não apenas diante de moedas fortes como também de grande parte de moedas emergentes. Na agenda econômica americana, será divulgado o ISM serviços, que deve recuar de 59,7 em fevereiro para 58,0 em marços segundo o consenso do mercado.

No mercado de commodities, o índice Geral de Commodity Bloomberg sobe 0,44%, nesta manhã, com destaque para petróleo e minério de ferro. O contrato futuro de petróleo para entrega em maio é negociado a US$ 62,70/barril, com alta de 0,18%.

O ambiente externo turbinado pela expectativa de sustentação do crescimento mundial e pela proximidade de um acordo comercial entre China e EUA deve levar a Bovespa a acompanhar o movimento de alta presente nas principais bolsas internacionais. No âmbito doméstico, o destaque fica por conta da participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, que analisa a proposta de reforma da Previdência. Seu desempenho na comissão será um bom balizador sobre o ritmo do andamento da proposta na Câmara.

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