Hoje da Economia – 08/04/2019

Hoje da Economia – 08/04/2019

Edição 2229

08/04/2019

Investidores começaram a semana em tom de cautela, enquanto se arrastam as negociações comerciais entre EUA e China, ao mesmo temo em que a economia americana continua mostrando bom dinamismo e a China começa a reagir aos estímulos adotados pelo governo.

Na Ásia, mercados de ações fecharam sem direção única com investidores avaliando as perspectivas para as duas maiores economias do mundo. Nos EUA, o relatório de emprego divulgado na sexta-feira surpreendeu positivamente, mostrando uma economia com fôlego para continuar gerando novos empregos. Na China, o governo prometeu intensificar sua política de reduzir compulsórios bancários, buscando estimular os financiamentos a pequenas e médias empresas. Em Xangai, o índice Xangai Composto, após passar maior parte do pregão em alta, acabou fechando o dia com queda marginal de 0,05%. O Hang Seng subiu 0,47% em Hong Kong, graças a ações de grupos farmacêuticos. Em Seul, o sul-coreano Kospi teve ligeira alta de 0,04%, enquanto o Taiex avançou 0,90% em Taiwan. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,21%, refletindo o fortalecimento do iene diante do dólar ao longo do pregão. A divisa americana é negociada a 111,42 ienes de 111,68 ienes no fim da tarde de sexta-feira.

Os futuros dos principais índices de ações de Nova York operam em baixa, acompanhando o ambiente cauteloso verificado nos negócios asiáticos e na abertura dos mercados europeus. Investidor busca manter posições mais defensivas à espera da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Fed, bem como o início da divulgação dos balanços do primeiro trimestre, em que se projeta, pela primeira vez desde 2016, queda nos lucros corporativos. No momento, o futuro do índice Dow Jones cai 0,21%; do S&P 500 recua 0,16%; Nasdaq perde 0,17%. No mercado de renda fixa, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,5007% ao ano, com alta de 0,15%, enquanto o índice DXY recua 0,14%, refletindo o enfraquecimento do dólar diante de divisas fortes como o euro, a libra e o iene.

Na Europa, bolsa da região tem um início de semana em queda, com investidores também preocupados com os balanços corporativos que serão divulgados nos EUA, nos próximos dias. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,22% neste momento. Em Londres, o FTSE 100 cai 0,18%; o CAC40 tem perda de 0,13% em Paris; em Frankfurt, o DAX recua 0,46%. O euro é negociado a US$ 1,1237 subindo em relação ao valor de US$ 1,1217 de sexta-feira à tarde. A Libra também se valoriza, nesta manhã, sendo negociada a US$ 1,3056 contra US$ 1,3033 no final de sexta-feira.

Os contratos futuros de petróleo sustentam os ganhos decorrentes da expectativa de uma economia americana mais forte após a divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA. Os preços da commodity também estão sendo sustentados pelo agravamento da crise política na Líbia, ameaçando a oferta da região. Nesta manhã, o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 63,47/barril, com alta de 0,62%.

A Bovespa deve iniciar os negócios sem direcional claro, embora a alta das cotações do petróleo deve favorecer a Petrobrás. Ademais, além de razões externas para um posicionamento cauteloso, o investidor estará de olho nas movimentações no Congresso envolvendo a reforma da Previdência. Amanhã, o relator, Marcelo Freitas, deve emitir parecer sobre a admissibilidade da proposta na CCJ.

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