Hoje da Economia – 13/03/2019

Hoje da Economia – 13/03/2019

Edição 2211

13/03/2019

Mercados de ações perdem o impulso com que iniciaram a semana à medida que persistem as preocupações com a saúde da economia mundial, em meio a fracos indicadores econômicos divulgados em diversas partes do globo.

Na Ásia, as bolsas interromperam o rali que comandou a alta dos últimos três dias, diante de quedas significativas dos papeis de tecnologia, que resultaram em recuo de 0,7% no índice MSCI Asia Pacific no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,99%, pressionado por ações de corretoras de seguro e de fabricantes de eletrônicos. O dólar teve ligeira alta diante da moeda japonesa, sendo cotado a 111,33 ienes de 111,30 ienes de ontem à tarde. Na China, o Xangai Composto teve perda de 1,09%, após acumular ganhos expressivos nos dois pregões anteriores. As preocupações sobre a tendência de desaceleração da China estarão no foco hoje, quando serão divulgados, no fim da noite, dados sobre a produção industrial, vendas no varejo e investimentos em ativos fixos referentes ao primeiro bimestre. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 0,39% em Hong Kong e o sul-coreano Kospi recuou 0,41% em Seul. Em Taiwan, o Taiex subiu 0,29% na sessão de hoje.

Na Europa, as atenções estão voltadas para o Reino Unido e seu esforço em deixar (Brexit) a União Europeia (UE). Ontem, o novo acordo de Brexit apresentado pela primeira-ministra Theresa May foi rejeitado no Parlamento britânico, criando dúvidas sobre se e como o país sairá da UE. Nesta quarta, os parlamentares britânicos irão votar a possibilidade de um Brexit sem acordo. Se essa opção também for rejeitada, eles decidirão amanhã sobre o adiamento da data final – próximo dia 29 – para implementação do Brexit. Nesta manhã, a libra avança a US$ 1,3138 de US$ 1,3071 no fim da tarde de ontem. O euro é negociado a US$ 1,1294, recuando ante o valor de US$ 1,1304 do final de terça-feira. No mercado de ações, o índice STOXX600 opera com alta de 0,19% no momento; Londres sobe 0,13%; bolsa de Paris tem valorização de 0,35%, mas o DAX tem queda marginal de 0,04% em Frankfurt.

No mercado americano, o juro pago pelo T-Note de 10 anos encontra-se em 2,616% após ter recuado ontem para 2,60% diante de dados mostrando inflação ao consumidor contida, reforçando a estratégia do Fed em postergar o processo de ajuste monetário. O índice DXY registra discreta queda (-0,05%) nesta manhã, captando um dólar mais estável frente às principais moedas. Expectativa para o mercado de ações de Nova York é de uma abertura morna, a se deduzir dos futuros de ações nesta manhã: o futuro do Dow Jones recua 0,03%; do S&P 500 sobe 0,05%; Nasdaq avança 0,09%.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta, estimulados pelo relatório da American Petroleum Institute (API), divulgado ontem, que mostrou forte queda nos estoques americanos. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em abril é negociado a US$ 57,34/barril, com alta de 0,88%.

A Bovespa deve seguir a tendência cautelosa observada nas principais bolsas internacionais, devendo abrir sem direcional claro. Pesam as preocupações com o impasse do Brexit no Reino Unido, enquanto por aqui se acompanha a instalação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na Câmara, primeiro estágio para aprovação da reforma da Previdência.

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