Hoje em Economia – 08/10/2019

Hoje em Economia – 08/10/2019

Hoje na Economia

Edição 2356

Mercados operam cautelosos nesta terça-feira, diante da expectativa de que Estados Unidos e
China cheguem a um acordo nas conversações que recomeçam nesta semana, que coloque um
ponto final na guerra comercial entre as duas potências.
Na Ásia, mercados de ações fecharam em alta, com as bolsas chinesas subindo de forma
modesta após permanecerem fechadas na última semana por conta de feriado. Ontem, a Casa
Branca confirmou que as autoridades americanas e chinesas de alto escalão vão iniciar uma
nova rodada de discussões comerciais em Washington na quinta-feira próxima. O presidente
dos EUA, Donald Trump, reiterou que dá preferência ao fechamento de um acordo integral – e
não apenas parcial – com Pequim. Mas chineses mostram-se relutantes em buscar um acordo
amplo com os americanos, não devendo ainda fazer qualquer proposta para reformar sua
política industrial ou rever subsídios a empresas locais. Do lado americano, o departamento do
Comércio acrescentou 28 empresas e órgão de segurança pública da China a uma lista negra de
exportações, com base no tratamento dado no país a mulçumanos uighur e de outras minorias
étnicas. Apesar das incertezas, investidores acreditam que se chegue a algum progresso entre
as partes antes do dia 15, quando está programado um novo aumento de tarifas dos EUA sobre
US$ 250 bilhões em produtos chineses, de 25% para 30%. Na China, após os feriados da
“semana dourada” o índice Xangai Composto fechou com alta moderada (0,29%), refletindo o
enfraquecimento do setor de serviços captado pelo índice de gerentes de compras (PMI), que
recuou de 52,1 em agosto para 51,3 em setembro, de acordo com a IHS Markit. Em Hong
Kong, o Hang Seng fechou com alta de 0,28%. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,99%,
enquanto o sul-coreano Kospi avançou 1,21% em Seul. O Taiex teve valorização de 0,75% em
Taiwan.
Na Europa, o ceticismo é maior. Maioria das bolsas da região opera no vermelho, no momento.
O índice pan-europeu de ações, STOXX600 cai 0,63%. Em Londres, o FTSE100 recua 0,10%; o
CAC40 perde 0,63% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem queda de 0,78%. Na Alemanha, a
produção industrial cresceu 0,3% em agosto ante julho, surpreendendo os analistas que
previam queda de 0,1%. Essa boa notícia favoreceu o euro, que é negociado a US$1,0995
contra US$ 1,0972 de ontem à tarde.
As bolsas americanas deverão abrir em queda no pregão de hoje, haja vista o comportamento
dos futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York, neste momento. O futuro do
Dow Jones cai 0,57%; do S&P 500 recua 0,43%; Nasdaq cede 0,53%. O juro pago pelo T-Bond
de 10 anos recua 1,43%, situando-se em 1,534% ao ano. O índice DXY encontra-se em 98,92
pontos, com fracas oscilações em torno desse nível. Hoje será divulgada a inflação ao produtor
(PPI), que em setembro deve ter subido 1,8% em termos anuais, enquanto o seu núcleo (Core
PPI) avançou 2,3% em relação a setembro do ano passado.
No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI recua 0,53%, no momento,
sendo negociado a US$ 52,47/barril, enquanto os investidores aguardam por novas informações
sobre os estoques americanos a serem fornecidas pela American Petroleum Institute (API).
No mercado doméstico, a Bovespa, bem como a taxa de câmbio e os juros futuros, será
influenciada, principalmente, pelas notícias sobre as novas negociações entre China e os EUA. O
PMI serviços mostrando enfraquecimento adicional da economia chinesa pode pesar sobre o
desempenho das ações brasileiras no dia de hoje. A FGV divulga o IGP-DI de setembro, que
deve mostrar alta de 0,38% no mês (-0,51% em agosto), acumulando inflação de 2,88% em
doze meses.

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