Hoje na Economia 01/02/2016

Hoje na Economia 01/02/2016

Edição 1447

01/02/2016

A semana começa favorável aos ativos de risco. Prevalece a percepção de que os principais bancos centrais do mundo efetuarão os esforços necessários para impedir que a economia mundial caminhe para a recessão.

Na Ásia, onde ainda repercute a decisão do Banco do Japão (BoJ) de adotar juros negativos para estimular o crédito, mercados de ações fecharam em direções distintas. O índice MSCI Asia Pacific encerrou, esta segunda feira, com ganho de 1%. Em Tóquio, o índice Nikkei manteve os ganhos após a decisão de política monetária do BoJ, subindo 1,98% no pregão de hoje, como também pela divulgação de bons resultados corporativos. O dólar é negociado a 121,19 ienes, com a moeda japonesa perdendo cerca de 0,10% frente à moeda americana. Na China, os índices dos gerentes de compras (PMI) do setor industrial medido pelo governo recuou para 49,4 em janeiro, ante 49,7 em dezembro, o pior resultado desde 2012. O indicador semelhante divulgado pela Markit marcou 48,4, ante 48,2 em dezembro. Ambos indicadores sugerem que o setor industrial chinês permanece em terreno de contração, revelando fraca demanda doméstica, apesar das medidas de estímulos adotadas pelo governo. O índice de ações Xangai Composto fechou em queda de 1,78%. Em Hong Kong, o Hang Seng perdeu 0,45%.

Na Europa, mercados operam sem um direcional único e alta volatilidade. O índice pan-europeu de ações STOXX600 perde 0,12%, no momento. Londres cai 0,36; Paris recua 0,49%, enquanto Frankfurt tem desvalorização de 0,52%. O euro é cotado a US$ 1,0845, com alta de 0,14% ante a moeda americana.

Nos Estados Unidos, pesam os dados econômicos mais fracos divulgados na semana passada, alimentando as expectativas sobre o relatório de emprego de janeiro, que será divulgado na próxima sexta-feira. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,935% ao ano. O dólar recua frente às principais moedas (dólar index: -0,22%). No mercado de ações, o índice futuro do S&P 500 opera com queda de 0,41%.

Os fracos dados divulgados sobre a economia chinesa deprimem os preços do petróleo, O produto tipo WTI é negociado a US$ 32,89/barril, com queda de 2,14%, nesta manhã. O índice geral de commodities apurado pela Bloomberg registra perda de 1,04%.

No Brasil, a volatilidade deve prevalecer nos mercados, marcada pelas incertezas domésticas, tanto no âmbito político, como na política econômica, que após a divulgação do pacote de estímulo ao crédito reascende o temor de se reeditar a Nova Matriz Econômica. O ambiente externo mais favorável tem mantida a taxa de câmbio perto de R$ 4,00/US$, enquanto a curva de juros futuros repercute ainda a decisão do Copom e a ata da reunião, que afastou do radar a chances de novas altas da Selic, a médio prazo.

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