Hoje na Economia – 01/02/2021

Hoje na Economia – 01/02/2021

As principais bolsas internacionais iniciam a semana operando em alta, buscando recuperar parte das perdas recentes. Esta semana contempla uma agenda econômica carregada, principalmente nos EUA, onde também há forte atenção em torno da discussão do novo pacote fiscal do governo Biden, que vem enfrentando resistência pesada por parte da bancada republicana no Senado. Na Europa, por seu turno, o foco está na evolução da pandemia, em meio às disputas entre governo e laboratórios acerca do atraso no fornecimento de vacinas.

Na Ásia, as bolsas mostraram forte recuperação nesta segunda-feira, registrando altas expressivas compensando parte das perdas da semana passada. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific registrou ganho de 1,60% no pregão de hoje, recuperando da pior semana desde março passado. Setores de comunicação e tecnologia foram os destaques na região. O sul-coreano Kospi subiu 2,70% em Seul, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng teve ganho de 2,15%. No Japão, o índice Nikkei avançou 1,55% em Tóquio. O dólar é negociado a 104,82 ienes contra 104,72 ienes de sexta-feira à tarde. Na China, o indicador PMI industrial de janeiro mostrou certa moderação na atividade, recuando de 53,0 em dezembro para 51,5 em janeiro, segundo IHS/Caixin. Em Xangai, o índice Composto fechou o dia com valorização de 0,64%.

No mercado americano, os índices futuros da bolsa de Nova York operam em alta nesta manhã, sinalizando recuperação após os mercados à vista registrarem o pior desempenho semanal desde outubro, em função de ataques especulativos e preocupações com o avanço da covid-19. No mercado de Treasuries, o juro do T-note de 10 anos avançou um ponto base para 1,08%, enquanto o papel de 2 anos recuou para 0,11% ao ano. O índice DXY do dólar sobe 0,21%, situando-se em 90,77 pontos. Investidores à espera de uma reunião do presidente Joe Biden com um grupo de senadores republicanos para discutir a proposta de um novo pacote fiscal no valor de US$ 1,9 trilhão. Republicanos se dispõem a aprovar um pacote no valor de US$ 600 bilhões. Na agenda, serão divulgados os índices de gerentes de compras (PMI) de janeiro, calculados pelo ISM e pela Markit, que devem mostrar certa moderação na atividade industrial, ainda que permaneçam em patamares elevados. Neste momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,73%; S&P avança 1,02%; Nasdaq valoriza 1,11%.

As bolsas europeias também operam em alta significativa, acompanhando o tom positivo dos índices futuros das bolsas de Nova York e dos mercados asiáticos. Os indicadores industriais, apurados pela Markit através da pesquisa dos índices de gerentes de compras (PMI), mostraram crescimento mais fraco na Alemanha e na zona do euro em janeiro, reflexo do avanço da segunda onda de covid-19. O euro acusou os dados mais fracos, se enfraquecendo frente ao dólar: no momento é negociado a US$ 1,2100 com perda de 0,30%. No mercado de ações, o índice STOXX600 sobe 1,15%; em Londres, o FTSE 100 avança 0,88%; em Paris, o CAC40 valoriza 0,98%; em Frankfurt, o DAX registra alta de 1,27%.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta na madrugada desta segunda-feira, buscando se recuperar das perdas recentes, mas sem deixar de lado as preocupações com o impacto da pandemia de covid-19 sobre a demanda da commodity. No momento, o contrato futuro de petróleo tipo WTI é negociado a US$ 52,47/barril, com alta de 0,52%.

No Brasil, o foco recairá sobre as eleições para o comando da Câmara e do Senado, cujo resultado deverá influenciar nas negociações envolvendo nova rodada de auxílio emergencial e eventuais medidas fiscais compensatórias. Atenção também para a ameaça da greve dos caminhoneiros, que, ao que tudo indica, deve ter uma amplitude bastante reduzida. Será um dia carregado de incertezas, o que recomenda posições defensivas nos mercados.

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