Hoje na Economia – 01/02/2024

Hoje na Economia – 01/02/2024

 Cenário Internacional

Ontem, o FOMC manteve o intervalo da taxa básica de juros estável em 5,25%-5,50%, em linha com a ampla expectativa da SulAmérica Investimentos e dos mercados. O comunicado trouxe mudanças em relação à versão anterior, em especial no tom da sinalização. Nele, o comitê reconheceu que a atividade econômica segue resiliente, ainda que o mercado de trabalho mostre sinais de moderação, e que o balanço de riscos melhorou. Quanto à sinalização, o viés associado a novas altas de juros foi substituído por uma abordagem de dependência dos dados para os próximos passos, mas houve a indicação de que o comitê não prevê corte de juros até que ganhe maior nível de confiança na trajetória de convergência da inflação à meta de 2%. Na entrevista coletiva após a decisão, Powell afirmou que não acha provável que o FOMC inicie o ciclo de quedas de juros na próxima reunião, em março, o que corrobora nosso cenário base de corte apenas em maio.

Nesta madrugada, foi divulgado o PMI Caixin de Manufatura referente a janeiro, que veio em linha com o esperado e permaneceu estável em 50,8. Na Europa, a leitura preliminar da inflação ao consumidor de janeiro mostrou variação de-0,4% M/M, em linha com o esperado pelos analistas e compatível com alta interanual de 2,8%. O núcleo da inflação avançou 3,3% A/A, marginalmente acima do esperado (3,2% A/A).

Para hoje, a agenda tem como destaques dados de atividade nos EUA e a reunião do Banco da Inglaterra (BoE), que deve manter a taxa de juros estável em 5,25%. Serão divulgados os pedidos semanais de seguro-desemprego, o custo unitário do trabalho referente ao 4º trimestre de 2023 e o ISM de Manufatura de janeiro, que deve permanecer em terreno de contração.

 Cenário Brasil

No âmbito local, o COPOM seguiu seu plano de voo e reduziu a meta para a taxa Selic em 50 pb, de 11,75% a.a. para 11,25%, conforme amplamente esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. No comunicado, o comitê não trouxe alterações relevantes em termos de sinalização, e manteve a indicação de que enxerga em unanimidade o ritmo de 50 pb como adequado para a continuidade do ciclo de afrouxamento monetário nas próximas reuniões, além de reconhecer o debate quanto ao início do ciclo de normalização monetária nas economias desenvolvidas. No todo, a decisão seguiu corroborando nosso cenário base de Selic terminal em 9%, com manutenção do ritmo de 50 pb.

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