Hoje na Economia 01/06/2018

Hoje na Economia 01/06/2018

Edição 2024

01/06/2018

Investidores mostram-se mais otimistas nesta sexta-feira, com apetite ao risco mais elevado do que aquele que prevaleceu ao longo dos últimos dias, decorrente da crise política na Itália e Espanha, bem como o acirramento do protecionismo nos EUA.

Os preços das treasuries americanas operam em baixa elevando o juro do T-Bond de 10 anos para 2,879% ao ano de 2,849% verificado no final da tarde de ontem. O dólar opera estável frente às principais moedas – o índice DXY encontra-se m 93,94, com queda de 0,04% – bem como diante da maioria das moedas emergentes, exceção à lira turca que perde 1,75% no momento. Os futuros de ações de Nova York apontam para um dia de ganhos: o índice futuro do Dow Jones sobe 0,53%; S&P 500 avança 0,48%; Nasdaq ganha 0,38%. Hoje os investidores deverão mudar o foco para a divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho, que devem mostrar aumento de 190 mil empregos em maio, mantendo a taxa de desemprego em 3,9%, a mais baixa desde 2000.

Na Ásia, pesaram os temores em relação ao início de uma guerra comercial após os EUA decidirem por aplicar tarifas a importação de aço e alumínio do Canadá, México e União Europeia. O índice MSCI Asia Pacific fechou perto da estabilidade, refletindo a falta de direcional para os mercados da região. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,66%, com investidores preocupados com o acirramento da guerra comercial. O Hang Seng mostrou ganho marginal (+0,08%) em Hong Kong. Em Tóquio, o Nikkei teve leve perda (-0,14%), encerrando a semana com queda de 1,24%. A moeda americana é negociada a 109,25 ienes, subindo em relação à cotação de 108,75 ienes de ontem à tarde. Terminaram o dia no azul: o Kospi de Seul (+0,66%); o Taiex de Taiwan (+0,68%).

Na Europa, mercados de ações operam em alta, favorecidos pela redução das tensões políticas na Itália, aonde se chegou a um acordo na formação de um novo governo, pró-euro. O índice de ações pan-europeu STOXX600 opera com valorização de 0,96%, nesta manhã. Em Londres, o índice de ações FTSE100 sobe 0,78%; em Paris, o CAC40 avança 1,25%; em Frankfurt, o DAX tem valorização de 0,96%. O euro troca de mãos a US$ 1,1708, com alta de 0,17% ante a moeda americana.

No mercado de commodities, o petróleo busca recuperação após as perdas de ontem. A commodity ainda mostrar elevada volatilidade decorrente da incerteza se a Opep e outros grandes produtores pretendem ou não elevar sua oferta em reunião que acontecerá do dia 22 em Viena. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em julho é negociado a US$ 66,69/barril, com queda de 0,52%, no momento.

Os mercados domésticos acompanharão a divulgação do relatório de emprego dos EUA para definir uma tendência para hoje, muito embora o ambiente doméstico não seja animador. Prevalece um sentimento pessimista em relação ao cenário político-econômico no país, após o desgaste decorrente da greve dos caminhoneiros. No front econômico, pesa a percepção de que o movimento grevista não só impactará negativamente a atividade como a inflação no curto prazo, como agravará o já delicado desequilíbrio fiscal. Sem perspectivas de reformas estruturais, vislumbrando o agravamento fiscal nos próximos meses, os investidores se afastam dos ativos domésticos, refletido na alta do dólar que pode buscar o novo patamar de R$ 3,80/US$.

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