Hoje na Economia 01/07/2014

Hoje na Economia 01/07/2014

Edição 1061

01/07/2014

Mercados abriram os negócios nesta manhã estimulados pelos bons resultados sobre atividade industrial divulgados na China. O índice NBS de gerentes de compras da indústria (PMI manufatura) subiu de 50,8 em maio para 51,0 pontos em junho, o melhor resultado do ano. O mesmo indicador medido pelo HSBC confirma a melhora na atividade fabril chinesa: 50,7 de 49,4 em maio. Esses indicadores reforçam o processo de estabilização do crescimento chinês, afastando os temores de um "hardlanding".

Os mercados asiáticos reagiram positivamente ao dado chinês, levando os mercados locais a atingirem os maiores níveis dos últimos seis anos. O índice MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,30%, atingindo o maior patamar desde junho de 2008. Destaque para a bolsa japonesa, com o Nikkei registrando valorização de 1,08%, no pregão de hoje. Além do dado chinês, a divulgação do relatório Tankan, revelando que os empresários pretendem elevar seus planos de investimentos, acirrou o apetite ao risco do investidor, enfraquecendo o iene frente ao dólar americano. O dólar é negociado a 101,58 ienes, contra 101,34 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai encerrou o dia com alta de 0,10%. Mercados em Hong Kong fechados por conta de feriado local.

Na Europa, o PMI manufatura da região ficou em 51,8 em junho (52,2 em maio). A produção industrial vem perdendo força na zona do euro, refletindo, principalmente, a contração da atividade na França e o menor ritmo de crescimento industrial na Alemanha. Mesmo em menor ritmo, a atividade produtiva na região do euro permanece em expansão, o que sustenta o otimismo no mercado de ações. O índice STOXX600 registra valorização de 0,46% nesta manhã, mesma tendência observada nos principais mercados: Londres +0,45%; Paris +0,68% e Alemanha +0,35%. O euro troca de mãos a US$ 1,3696, situando próximo ao fechamento de ontem (US$ 1,3694).

Os futuros das principais bolsas americanas também operam no azul, nesta manhã. Os índices S&P e D&J registram ganhos de 0,26% e 0,29%, respectivamente. Treasury de 10 anos remunera a 2,553% ao ano, enquanto o dólar permanece relativamente estável frente às principais moedas. Na agenda, a divulgação dos índices de gerentes de compras de junho: o PMI manufatura, elaborado pela Markit (consenso: 57,5) e o ISM-manufatura (consenso: 55,9). São indicadores que poderão dar fôlego aos ativos de risco ao confirmarem a retomada da economia americana no 2T14, após a forte queda observada no primeiro trimestre.

No mercado de petróleo, a cotação do produto tipo WTI volta a subir com o avanço da atividade industrial na China. No momento, é cotado a US$ 105,77/barril, com alta de 0,38%. Demais commodities operam entre altos e baixos, sem uma clara definição de tendência, no momento.

A Bovespa deve se beneficiar do bom humor resultante das notícias oriundas da China. Mas deve também refletir o ISM manufatura brasileiro de junho, na expectativa de que traga alguma reação após a contração observada em maio (48,8). No mercado de juros, atividade doméstica fraca e estabilidade dos juros dos Treasury Bonds, acompanhada por estabilidade cambial, deve impor ligeiro viés de baixa para os DIs futuros.

Topo