Hoje na Economia 01/07/2015

Hoje na Economia 01/07/2015

Edição 1307

01/07/2015

Uma agenda recheada de indicadores rivaliza com o impasse entre Grécia e seus credores. Durante a noite foram divulgados os índices de gerentes de compras (PMIs) na China. O indicador calculado pela Markit/HSBC fechou junho em 49,4 pouco abaixo da estimativa divulgada na semana passada (49,6). O indicador oficial, apurado pela NBS, ficou em 50,2, mesmo patamar de maio e ligeiramente abaixo do consenso (50,4).

Os mercados asiáticos não deram muita atenção aos dados chineses, fechando, em sua maioria, em alta. No entanto, na China, a bolsa de Xangai recuou 5,23%, refletindo fatores técnicos de mercado, como também certo desapontamento com a fraqueza da economia chinesa. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou valorização de 1,09%. Nos demais mercados, a moratória grega teve pouco impacto. No Japão, o índice Nikkei encerrou a sessão com alta de 0,46%, refletindo bons resultados empresariais do setor de varejo. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 122,85 ienes, mantendo-se próximo da cotação de 122,42 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, os indicadores de gerente de compras finais de junho confirmaram as prévias, reforçando o cenário de aceleração da atividade econômica na zona do euro no segundo trimestre. Mas o que move os mercados, nesta manhã, é a disposição do governo grego, manifestada nesta manhã, de aceitar a proposta da União Europeia para ter acesso a linha de crédito emergencial, podendo encerrar a crise atual. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com alta de 1,60%, no momento, enquanto a bolsa de Londres registra +1,39%; Paris +2,41% e Frankfurt +2,04%. O euro é negociado a US$ 1,1108, recuando ante a cotação de US$ 1,1134 de ontem à tarde.

Os futuros das principais bolsas de ações norte-americanas seguem os parceiros europeus, operando em forte alta. O índice futuro do S&P 500 registra valorização de 0,84%, no momento. O dólar ganha terreno diante das principais moedas, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,40% (2,349% ontem à tarde). Na agenda, a divulgação da criação de empregos pelo setor privado americano, que segundo a ADP deve ter totalizado 218 mil em junho (201 mil em maio), segundo o consenso do mercado. Será divulgado também o ISM-manufatura, que deve ter ficado em 53,2 em junho, com ligeira melhora ante o dado anterior (52,8).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 58,76/barril, com queda de 1,19%. As demais commodities também operam no vermelho, com o índice total registrando queda de 0,21%, no momento.

O cenário externo mais favorável aos ativos de risco, favorecidos pela percepção de que a crise da Grécia parece ter encontrado uma solução menos traumática, deveria contribuir para um bom desempenho da Bovespa no dia de hoje. No entanto, há algumas pedras (domésticas) no caminho: o Senado aplicou mais um golpe no ajuste fiscal ao aprovar reajuste aos servidores do Judiciário; será divulgada pesquisa IBOPE, que deve confirmar a elevada reprovação do governo Dilma. Dólar e juros devem seguir pressionados, acompanhando o quadro doméstico e os indicadores sobre mercado de trabalho que serão divulgados nos EUA.

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