Hoje na Economia 01/07/2016

Hoje na Economia 01/07/2016

Edição 1550

01/07/2016

Mercados operam majoritariamente em alta, recuperando boa parte do terreno perdido após a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit). A percepção de que os governos e os bancos centrais darão todo suporte necessário para a sustentação do crescimento global anima os investidores e sustenta o apetite ao risco.

As bolsas asiáticas fecharam em alta, embaladas por indicações de que o Banco Central da Inglaterra (BoE) poderá voltar a agir com mais estímulos no curto prazo para compensar o impacto do Brexit. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com valorização de 0,5%, terminando a semana com ganho acumulado de 3,4%. No Japão, o iene voltou a se apreciar frente ao dólar, após a divulgação da inflação ao consumidor de maio, mostrando deflação pelo terceiro mês seguido. O dólar é negociado a 102,58 ienes, com a moeda japonesa valorizando cerca de 0,60%. Na China, mercados mostraram certa apatia após a divulgação de dados fracos de atividade industrial. O índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial chinês recuou para 50,0 em junho, de 50,1 em maio, pelo dado oficial, o indicador privado se mostrou pior: o PMI da indústria recuou para 48,6 no mês passado (49,2 em maio). No mercado de ações, o índice Xangai Composto fechou o pregão desta sexta-feira com leve alta (0,10%).

Na Europa, mercados operam sem direcional claro, registrando altos e baixos ao longo do pregão de hoje. No momento, o índice de ações pan-europeu opera com discreta alta (+0,06%), com destaque para os papeis ligados ao setor automotivo e construtoras. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,29%, motivado pela disposição do BoE injetar estímulos na economia para reduzir os impactos negativos decorrentes do Brexit. Na França, o índice CAC40 oscila em torno da estabilidade, enquanto em Frankfurt o DAX opera com valorização de 0,19%. O euro troca de mãos a US$ 1,1105, subindo diante do valor de US$ 1,1091 de ontem à tarde.

O dólar mostra recuo acentuado diante das principais moedas, nesta manhã. O índice DXY, que compara o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, situa-se em 95,797 pontos, perdendo 0,35% no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,409% ao ano, com queda de 4,15%. O índice futuro de ações do S&P 500 opera com queda de 0,34%, nesta manhã.

Os contratos de petróleo tipo WTI para agosto são negociados a US$ 48,17/barril, com queda de 0,33%. O índice Geral de Commodity da Bloomberg registra variação positiva de 0,15%, no momento.

A percepção de que as grandes economias vão mover o que for necessário para enfrentar os efeitos negativos do Brexit sobre o crescimento global deve prevalecer sobre os fracos dados industriais divulgados na China. A Bovespa deve operar em alta, acompanhando as bolsas internacionais. No mercado de câmbio, o Banco Central volta à cena: realizará leilão de swap reverso, dando a entender o valor de R$ 3,20 como "piso" para o dólar. A curva de DIs futuros deve ficar menos pressionada, após o Conselho Monetário Nacional (CMN) manter em 4,5% a meta de inflação para 2018.

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