Hoje na Economia – 01/07/2019

Hoje na Economia – 01/07/2019

Edição 2286

01/07/2019

O otimismo comanda os negócios nesta segunda-feira, favorecendo os ativos de risco em geral, refletido em forte alta nas principais bolsas globais, queda nos preços das Treasuries e alta das commodities, principalmente, petróleo. Investidores viram com bons olhos a trégua acertada entre EUA e China, suspendendo a aplicação de novas tarifas a importações um do outro, numa tentativa de retomar as negociações comerciais em futuro próximo.

Os índices futuros dos três principais índices de ações da bolsa de Nova York operam com fortes altas, nesta manhã: Dow Jones sobe 1,02%; S&P 500 avança 1,09%; Nasdaq tem ganho de 1,70%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,0188% ao ano, com alta de 0,68%. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar diante de uma cesta de seis moedas fortes, sobe 0,45%, refletindo, principalmente, ganhos diante da moeda comum europeia.

Na Ásia, também estimuladas pela trégua conseguida entre EUA e China na guerra comercial, principais bolsas fecharam o pregão de hoje com ganhos robustos. Na China, o índice Xangai Composto subiu 2,22%, apesar de novos indicadores fracos sobre a atividade industrial chinesa. O índice dos gerentes de compras (PMI) manufatura recuou de 50,2 em maio para 49,4 em junho, segundo a IHS Markit. O PMI oficial ficou estável ante o mês de maio, mantendo-se em 49,4 com o dado de junho. Em Tóquio, o índice japonês Nikkei encerrou o pregão desta segunda-feira com valorização de 2,13%, atingindo o maior patamar desde 7 de maio. O dólar se fortaleceu ante a moeda japonesa: é cotado a 108,29 ienes, contra 107,83 ienes de sexta-feira à tarde. Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou em queda marginal de 0,04% em Seul, após o Japão ameaçar a impor sanções às importações de insumos a empresas sul-coreanas.

Na Europa, à semelhança de outros mercados, investidores ignoraram os indicadores PMIs-manufatura divulgados nesta manhã, que mostraram o prosseguimento de fraca atividade industrial na região. Frustração com atividade econômica enfraqueceu o euro diante do dólar, mas não abalou o otimismo com os mercados de ações, estimulados pela trégua comercial entre EUA e China. No momento, o índice pan-europeu de ações tem valorização de 0,84%. Principais bolsas da região seguem o mesmo tom: Londres +1,05%; Paris +0,78%; Frankfurt +1,29%. O euro é negociado a US$ 1,1324 de US$ 1,1377 do final de sexta-feira.

No mercado de commodities, o índice de Commodity Bloomberg sobe 0,62%. Destaque para as cotações de petróleo que avançam após Arábia Saudita, Rússia e Iraque concordarem em estender os atuais cortes na produção por mais seis a nove meses, em reunião da Opep realizada hoje. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 60,10/barril, com alta de 2,86%, nesta manhã.

Aqui no Brasil, a reforma da Previdência entra em um de seus momentos decisivos, com a possibilidade de leitura do relatório final amanhã, podendo ir à votação na comissão especial e seguir para plenário da Câmara antes do recesso de julho. Enquanto isso, o otimismo que comanda os negócios globais, nesta segunda-feira, deve contagiar os ativos brasileiros, favorecendo a Bovespa e o real diante do dólar.

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