Hoje na Economia 01/08/2018

Hoje na Economia 01/08/2018

Edição 2066

01/08/2018

Novos lances na guerra comercial entre EUA e China empurram os investidores para a defensiva, nesta quarta-feira. A China ameaça retaliar com medidas de igual intensidade caso os EUA imponham tarifas de 25% (e não 10% como anunciado anteriormente) sobre US$ 200 bilhões de importações chinesas. Dólar se fortalece, sobem os juros dos títulos soberanos e caem os preços das commodities.

Na Ásia, bolsas operaram em trajetórias distintas, sem direcional único, com investidor avaliando as possíveis consequências do aumento das tensões comerciais entre americanos e chineses. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,3%. No Japão, mercados de ações subiram, refletindo a elevação dos juros dos títulos japoneses, melhorando a lucratividade dos bancos, bem como os bons resultados de empresas de tecnologia. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei apurou ganho de 0,86%, favorecido também pelo enfraquecimento do iene. O dólar é negociado a 111,97 ienes de 111,69 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai fechou em queda de 1,80%. A notícia de que assessores do presidente americano, Donald Trump, haviam sugerido uma tarifa mais alta sobre produtos chineses pressionou as ações. Na agenda de indicadores, o índice de gerente de compras (PMI) da indústria chinesa caiu de 51,0 em junho para 50,8 em julho, segundo a Markit/Caixin Media. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em baixa de 0,85%. Na Coreia do Sul, o índice Kospi subiu 0,51% em Seul; em Taiwan, o Taiex teve alta de 0,37%.

Na Europa, os retornos dos bônus europeus sobem acompanhando a alta dos bônus japoneses, que atingiram a máxima desde fevereiro de 2017 após o BoJ elevar a faixa de flutuação desses papeis. As bolsas de ações operam no vermelho. O índice STOXX 600 registra queda de 0,35%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 cai 1,08%; o CAC40 de Paris tem queda discreta (-0,04%); em Frankfurt, o DAX perde 0,34%. O euro troca de mãos a US$ 1,1682 de US$ 1,1697 de ontem à tarde.

O dólar permanece relativamente estável em relação à cesta composta por seis moedas fortes, enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,63%, situando-se em 2,978% ao ano. Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York sinalizam para uma abertura em queda: o futuro do Dow Jones recua 0,17% no momento; do S&P500 tem baixa de 0,11%; o Nasdaq, por sua vez, sobe 0,18%. Investidores mostram cautela enquanto aguardam pela decisão de política monetária do Fed, que será anunciada às 15h de Brasília. Espera-se pela manutenção da taxa de referência na faixa de 1,75% a 2,0%.

Os contratos futuros de petróleo operam em território negativo, nesta manhã, refletindo o aumento dos estoques de petróleo nos EUA segundo a American Petroleum Institute (API) reportou ontem à tarde. O contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 68,03/barril, com queda de 1,06%

No mercado doméstico, à espera do anúncio do resultado da reunião do Copom no final da tarde, serão conhecidos os números da balança comercial de julho e o IPC-S também de julho, mas que não têm força para mexer com os mercados de juros e dólar. Segundo o consenso do mercado, a Selic deve ser mantida em 6,50%, em resposta a uma inflação baixa e atividade enfraquecida.

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