Hoje na Economia – 01/08/2022

Hoje na Economia – 01/08/2022

Economia Internacional

O balanço de riscos associados à inflação nos EUA se deteriorou com a divulgação de dados piores que o esperado na última sexta-feira, o que deve tornar o trabalho do Fed ainda mais desafiador. A inflação medida pelo PCE de junho veio em linha com o esperado (0,95% M/M ante 0,9% M/M estimado), mas com aceleração do núcleo acima da expectativa (0,6% M/M contra 0,5% M/M esperado), puxada pela alta em serviços. O ECI (Employment Cost Index), que teve alta de 1,3% T/T, subiu além do esperado (1,2% T/T) e atingiu o segundo maior nível da série histórica que se iniciou em 2000. Em termos de expectativas de inflação, a divulgação da pesquisa da Universidade de Michigan mostrou que a expectativa para um ano à frente ficou estável em 5,2%, mas com aumento da expectativa de 5 anos de 2,8% para 2,9%.

Na madrugada, os dados divulgados na Zona do Euro indicaram desaceleração da atividade. As vendas no varejo na Alemanha em junho caíram 1,6% M/M, ao passo que a expectativa era de alta de 0,3% M/M. No acumulado em 12 meses, a contração é de 9,8% A/A. Na Zona do Euro, o PMI de Manufatura veio em linha (49,8 ante 49,6 esperado), mas ainda em patamar contracionista, abaixo de 50. A taxa de desemprego manteve-se estável em 6,6%.

Na China, O PMI de Manufatura (50,4) ficou abaixo do esperado (51,5), refletindo a desaceleração na atividade chinesa.

Hoje, a agenda global conta com a divulgação de novos dados de atividade nos EUA, como a leitura final do PMI de Manufatura de julho e o ISM industrial.

Economia Nacional

A taxa de desemprego desacelerou para 9,2% com ajuste sazonal, conforme mostrou a divulgação da PNAD Contínua na sexta-feira, com aumento da taxa de participação e da população ocupada, o que corrobora o viés altista para as projeções de crescimento desde ano. Em termos de inflação, o crescimento da massa de rendimentos na margem deve exercer pressão altista nos preços, piorando o balanço de riscos do Banco Central.

O IPC-S da última semana de julho variou -1,19% contra expectativa de queda de 0,78%, refletindo as quedas nos preços dos combustíveis.

Hoje, a agenda econômica doméstica deve ficar restrita à divulgação do relatório Focus.

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