Hoje na Economia – 01/10/2020

Hoje na Economia – 01/10/2020

As principais bolsas internacionais operam em alta pela manhã, com esperança de que os partidos Republicano e Democrata nos EUA consigam chegar a um acordo sobre estímulo fiscal. Ontem à noite o presidente dos EUA, Donald Trump, assinou a lei para custear o governo até 11/dez, impedindo um shutdown, lei que foi aprovada no Congresso nos últimos dias após um acordo entre Republicanos e Democratas e que inclui ajuda para famílias no campo e crianças que dependem de refeições na escola.

Na Ásia as bolsas fecharam majoritariamente em alta. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,4%, com avanço de 0,86% no KOSPI de Seul. As bolsas do Japão foram suspensas hoje por problemas técnicos. As bolsas chinesas e de Hong Kong não operaram devido a feriado. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,08%, cotado a ¥/US$ 105,55. O PMI do Japão subiu de 47,3 para 47,7, enquanto o índice de confiança do Relatório Tankan ficou em -27, uma melhora em relação ao dado anterior (-34), mas aquém do esperado (-24).

Na Europa, todas as bolsas operam em alta. Há avanços de 0,52% no índice pan-europeu STOXX600, 0,95% no FTSE100 de Londres, 0,69% no CAC40 de Paris e 0,16% no DAX de Franfkurt. O índice de gerente de compras (PMI) da Zona do Euro ficou igual à prévia (53,7), com avanço na produção e novas ordens, mas queda no emprego em países importantes (França, Alemanha) e nos preços pagos. A taxa de desemprego na Zona do Euro subiu de 8,0% para 8,1%, como esperado, enquanto a inflação ao produtor diminuiu de 0,7% M/M para 0,1% M/M, também como esperado. No Reino Unido o PMI manufatura foi revisto para baixo, de 54,3 para 54,1. A libra se deprecia -0,55% contra o dólar, após a União Europeia dizer que vai tomar ações legais contra o Reino Unido por quebrar o pacto para saída do país (Brexit) no começo da semana. O euro está se valorizando contra o dólar,+0,24%, cotado a US$/€1,1749.

Nos EUA os índices futuros operam em alta, de 0,82% no caso do Dow Jones, 0,98% no S&P500 e 1,18% no NASDAQ. O dólar está perdendo valor contra a maioria das moedas, com o índice DXY recuando -0,10%. Os juros futuros estão em alta, com o yield da Treasury de 10 anos a 0,7005%, um avanço de 1 pb contra ontem. Hoje sairão dados de renda e consumo pessoal e de índices de gerentes de compras. O deflator do PCE deve subir ligeiramente (para 1,4% A/A no núcleo), enquanto a renda deve cair e o consumo desacelerar. O ISM manufatura, por outro lado, deve subir novamente, para 56,4.

Os preços de commodities estão subindo pela manhã, com o índice geral da Bloomberg avançando 0,34%. Há altas em especial nas commodities metálicas (cobre 1,41%, ferro 2,79%, níquel 0,76%), mas também há avanços nos preços de soja (0,66%), milho (0,73%) e trigo (0,30%). O preço de petróleo cai, com o barril tipo WTI sendo negociado a US$ 39,88, um recuo de -0,82%.

No Brasil, hoje será divulgado o IPC-S da 4ª semana de setembro, que deve ter subido para 0,83%. A arrecadação federal de agosto sairá pela manhã, devendo ter ficado em R$ 109 bi, e a balança comercial de setembro sairá pela tarde, com o superávit devendo ter subido para US$ 7,1 bi. Ontem o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu entrevista após a divulgação do CAGED e disse que o financiamento do programa Renda Cidadã deve ser feito por outro caminho que não o limite de gastos com precatórios, que está sendo estudado por outros motivos, porque seu aumento foi considerado explosivo e demasiado nos últimos anos. Os ativos brasileiros devem se aproveitar desse recuo na posição do governo e no mercado externo favorável, com valorização do real, alta na bolsa e queda nos juros futuros.

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