Hoje na Economia 01/11/2013

Hoje na Economia 01/11/2013

Edição 905

01/11/2013

O dia abre favorável aos ativos de risco em geral. Indicadores divulgados na China e demais países na Ásia mostram avanço da atividade industrial, reduzindo os riscos para a retomada do crescimento global.

A Federação Chinesa de Logística e Compra (CFLP) informou que o PMI do setor industrial subiu para 51,4 em outubro (51,1 em setembro), superando as estimativas dos analistas (51,2). Apesar da boa notícia, as bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em queda, com investidores preocupados com a possibilidade de o Fed iniciar o "tapering" ainda este ano. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão com queda de 0,3%. Maior queda ocorreu com a bolsa japonesa, onde o índice Nikkei apurou perda de 0,88%, refletindo fracos resultados corporativos divulgados (destaque para a decepção com o balanço da Sony), bem como o enfraquecimento do dólar. Por volta do fechamento do pregão, o dólar era negociado a 97,83 ienes ante 98,36 ienes de ontem à tarde. A bolsa de Xangai apurou alta de 0,37%, enquanto o índice Hang Seng subia 0,19%.

Na Europa, temores de que a economia da região perde força alimentam especulações sobre iminente corte dos juros básicos pelo Banco Central Europeu (BCE), na reunião de política monetária na semana que vem. O euro se enfraquece ante a moeda americana, sendo negociado a US$ 1,3517 no momento, contra US$ 1,3595 ao final do dia de ontem. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 registra queda de 0,25%, no momento. Principais bolsas também operam em queda: Londres -0,23%, Paris -0,31% e Frankfurt -0,18%.

Nos Estados Unidos, os futuros das principais bolsas prenunciam um dia positivo para o mercado acionário local. Os índices S&P e D&J registram altas de 0,13% e 0,21%, respectivamente, nesta manhã. Na agenda, destaque para a divulgação do ISM-manufatura de outubro, que deve continuar indicando atividade industrial em expansão ao marcar 55,0, segundo as expectativas do mercado, ficando próximo da leitura anterior (56,2). Destaque para os discursos de quatro membros do Fed (James Bullard; Jeffrey Lacker; Narayana Kochelakota e Chales Evans)), que deverão influenciar apostas quanto ao início da retirada dos estímulos.

As notícias de que a atividade produtiva ganha força na Ásia, principalmente na China, impactaram positivamente sobre as commodities em geral. O índice total registra alta de 0,20% no momento, com destaque para metais (+0,66%), agrícolas (+0,10%) e energéticas (+0,05%). O petróleo tipo WTI permanece sendo negociado em seu mais baixo patamar dos últimos quatro meses, com o barril valendo US$ 96,57, nesta manhã.

No Brasil, a agenda também traz informações importantes, principalmente, para a renda fixa, O IBGE divulga a produção industrial de setembro (consenso +1,3% M/M e +3,0% A/A), que, no caso de uma surpresa negativa, anteciparia um PIB nulo ou até mesmo negativo para o 3T13. O Ibovespa, após a saída da OGX, pode voltar a captar o bom humor dos investidores com os bons dados da China e alta das commodities. Um ISM-manufatura mais forte do que esperado nos EUA pode, por sua vez, alimentaria especulações sobre a antecipação do "tapering" podendo reverter a tendência de alta das bolsas americanas delineada pelos índices futuros, nesta manhã.

Superintendência de Economia
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