Hoje na Economia 01/12/2014

Hoje na Economia 01/12/2014

Edição 1168

01/12/2014

Mercados abrem os negócios nesta manhã digerindo os fracos resultados sobre atividade divulgados na China. O índice dos gerentes de compra da indústria (PMI manufatura) oficial cedeu de 50,8 para 50,3 com o dado de novembro. O mesmo indicador medido pelo HSBC confirma a perda de ritmo: de 50,4 de outubro para 50,0 em novembro. Ambos os dados vieram abaixo das expectativas do mercado, sinalizando que a economia chinesa continua perdendo força.

O petróleo e os preços das principais commodities permanecem em queda nesta manhã. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 64,63/barril com queda de 2,36% no momento. Demais commodities, destaque para o recuo dos metais (-1,14%); agrícolas (-0,84%) e metais preciosos (-1,25%). Esse quadro derruba os mercados de ações das economias emergentes, bem como as moedas commodity, como o dólar australiano e o rublo russo.

A queda dos preços da energia empurra as expectativas de inflação para baixo, ao mesmo tempo em que as fracas vendas que seguiram o feriado de Ação de Graças nos EUA derrubam o yield da Treasury de 10 anos, que se encontra em 2,165% ao ano, no momento. O dólar após forte alta durante as negociações asiáticas, aonde chegou a suplantar o nível de 119,0 ienes, cede terreno nesta manhã por conta de realização de lucros. O dólar índex recua 0,24%, no momento. Os futuros das principais bolsas americanas, o S&P e o D&J registram quedas de 0,49% e 0,43%, nesta manhã.

A desaceleração da atividade industrial na China e sinais de enfraquecimento dos gastos do consumidor nos EUA contribuem para que as ações operem em baixa na Europa. O índice STOXX600 registra queda de 0,56%. Londres perde 0,89%, Paris cai 0,76% e Frankfurt recua 0,33%. O euro troca de mãos a US$ 1,2467 contra US$ 1,2448 no final da tarde de sexta-feira.

Na Ásia, o destaque de queda ficou para a bolsa de Hong Kong, onde o índice Hang Seng perdeu 2,58% no pregão de hoje, devido ao recrudescimento dos protestos populares e os fracos resultados de atividade divulgados na China. O índice Composto de Xangai perdeu 0,10%, interrompendo oito pregões de altas consecutivas. Em Tókio, o índice Nikkei fechou em alta de 0,75%, refletindo, principalmente, o fortalecimento do dólar frente à moeda japonesa. A agência de rating Moody’s rebaixou a nota da economia japonesa, o que levou a forte valorização da moeda americana ante o iene, chegando a suplantar a cotação de 119,0 ienes/US$. Esse valor não se sustentou, com a moeda americana sendo cotada 118,26 ienes, no momneto.

O enfraquecimento da economia chinesa e a forte queda nas cotações das principais commodities devem levar a Bovespa a operar em baixa no dia de hoje, acompanhando a tendência da maioria dos mercados emergentes. O dólar deve abrir em alta frente ao real, seguindo a tendência de valorização global da moeda americana, na esteira da queda dos preços das commodities. A tendência de um dólar mais forte em relação ao real deve consolidar as apostas de que o Banco Central deverá acelerar a alta da Selic, no Copom desta semana, elevando a taxa para 11,75% ao ano.

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