Hoje na Economia 01/12/2016

Hoje na Economia 01/12/2016

Edição 1655

01/12/2016

A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de reduzir sua produção estimula os papeis das empresas produtoras de energia em diversas partes do mundo. Indicadores de atividade favoráveis dos EUA, reforçando o cenário de que a economia americana pode suportar a alta dos juros, favorecem os ativos de risco em geral, nesta manhã, impulsionando os mercados de ações, derrubando os preços dos títulos soberanos em geral.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu 1,22%, atingindo 2,408% ao ano, contra 2,32% ao ano, na manhã de ontem. O índice DXY, que segue o dólar contra uma cesta de moedas, voltou a ficar acima de 101 pontos, em nova rodada de fortalecimento global da moeda americana. O índice futuro de ações S&P 500 opera estável, no momento.

Na Ásia, as bolsas fecharam em alta, não só influenciadas pela alta do petróleo, como também por indicadores positivos de atividade divulgados na China. O índice de gerentes de compras da indústria, elaborado pelo governo, atingiu 51,7 em novembro, acima dos 51 esperados pelos analistas. Em Xangai, o índice Composto fechou com ganho de 0,72%, com investidores animados com a estabilização do crescimento econômico chinês. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,39%, no pregão desta quinta-feira. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,12%, graças aos papeis das petrolíferas, encerrando a sessão no maior patamar desde 30 de dezembro de 2015. A moeda japonesa vem sendo negociada, nesta manhã, no mais baixo nível desde março último. O dólar é negociado a 114,34 ienes, contra 113,95 ienes no início da sessão asiática. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,70%.

Na Europa, os indicadores PMI finais de novembro, divulgados hoje, confirmam a ligeira melhora no ritmo de atividade econômica da região captada pelos dados preliminares do período. No mercado de ações, após uma abertura sem claras definições, índices passaram a mostrar queda, captando movimentos de realização de lucros. O índice STOXX600 registra queda de 0,20%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,21%; em Paris o CAC40 cai 0,22% e em Frankfurt, o DAX tem desvalorização de 0,34%. O euro é negociado a US$ 1,0608, com ligeira alta diante da cotação de ontem à tarde (US$ 1,0604).

A decisão da Opep de cortar sua produção conjunta em 1,2 milhão de barris por dia (1% da produção global) impulsionou as cotações de petróleo, que continuaram subindo ao longo do pregão asiático, superando a barreira dos US$ 50/b. No momento, o contrato futuro para entrega em janeiro do WTI é negociado a US$ 49,42/barril, mantendo-se em torno desse patamar. No mercado de commodities, destaque para as commodities ligadas ao petróleo, que sobem 6,40%, e as metálicas que ganham 1,17%, nesta manhã.

No mercado doméstico, o Copom cortou a Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano, como esperado. No comunicado, deixou a porta aberta para acelerar o corte para 0,50 p.p. em janeiro, mantida a queda da inflação e o aprofundamento da recessão. No campo político, a incerteza só faz aumentar, diante do confronto aberto do Legislativo contra o Judiciário. Esse ambiente coloca o governo Temer na defensiva e pode levar ao adiamento do envio da reforma da Previdência ao Congresso, previsto para próxima segunda-feira.

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