Hoje na Economia 01/12/2017

Edição 1903

01/12/2017

Mercados de ações globais operam sem grandes motivações, enquanto os investidores esperam pela votação da reforma tributária pelo Senado norte-americano, prevista para ontem, adiada para hoje de manhã.

A frustração com o adiamento da aprovação da reforma fiscal derrubou o dólar frente às principais moedas, bem como a remuneração das treasuries. O índice DXY, que segue o valor do dólar frente a uma cesta de moedas, recua 0,25%. O juro do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,396% ao ano de 2,417% no fim da tarde de ontem. Os índices futuros das principais bolsas de Nova York operam sem direcional único: Dow Jones opera estável; S&P 500 recua 0,16%; Nasdaq cai 0,08%.

Na Europa, predomina clara aversão ao risco, motivada pelas dúvidas em relação à aprovação da reforma tributária nos EUA e as dificuldades que Ângela Merkel vem encontrando nas negociações para formar o novo governo. Todas as principais bolsas da Europa operam no vermelho, nesta manhã: Londres -0,15%; Paris -0,60%; Frankfurt -0,67%. O índice pan-europeu de ações STOXX600 registra queda de 0,48%. O euro registrou o melhor desempenho nas negociações ao longo da madrugada. Subiu 0,85% contra a moeda americana, sendo cotado a US$ 1,1936, contra US$ 1,1901 na tarde de ontem.

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta sexta-feira, diante do adiamento da votação do projeto de reforma fiscal nos EUA. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com valorização de 0,41%, em um pregão volátil marcado por oscilações do iene ante o dólar. A moeda americana é negociada a 112,43 ienes, no momento, contra 112,62 ienes de ontem à tarde. Na China, o Xangai Composto ficou praticamente estável (+0,01%). Foi divulgado o índice de gerentes de compras (PMI) da indústria chinesa pela IHS Markit/Caixin. O índice ficou em 50,8 em novembro, caindo em relação a 51,0 em outubro. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,35%; o Kospi de Seul teve queda marginal (-0,04%); o Taiex de Taiwan subiu 0,38%. O índice MSCI Asia Pacific fechou o pregão de hoje com queda de 0,20%.

No mercado de petróleo, os contratos futuros da commodity operam com alta moderada, após a decisão da OPEP e de grandes produtores de estender até o final de 2018 os atuais cortes de produção (redução de 1,8 milhão de barris dia). O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 57,68/barril, queda de 0,49%.

Com o noticiário praticamente enterrando a possibilidade de aprovação da reforma da Previdência neste ano, mercados devem abrir na defensiva, com dólar pressionado, como também os vértices mais longos da curva de juros futuros. A Bovespa, além do mau humor interno, não deve contar com ajuda das bolsas americanas, que ficarão à espera da votação da reforma fiscal pelo Senado americano.