Hoje na Economia – 02/01/2019

Hoje na Economia – 02/01/2019

Mercados iniciam o novo ano com o pé direito, mantendo elevado o apetite ao risco. Investidores animados pelas expectativas em torno da assinatura da fase 1 do acordo comercial entre EUA e China, que, segundo o presidente Donald Trump, deve ocorrer no próximo dia 15. No radar, preocupações com o aumento das tensões geopolíticas na península coreana, com as novas ameaças do governo da Coreia do Norte.

Na Ásia, mercados em sua maioria fecharam com altas expressivas. O índice MSCI Asia Pacific ex-Japão encerrou o primeiro pregão do ano com alta de 0,5%. Mercados japoneses permanecem fechados, hoje e amanhã, por conta de feriado. Na China, o Banco do Povo da China (PBoC) cortou o recolhimento compulsório dos bancos de 13% para 12,5%, objetivando ampliar a oferta de crédito doméstico. A preocupação com a sustentação da demanda interna procede, uma vez que o item encomendas internas foi o responsável para que o índice de gerentes de compras (PMI) de dezembro apresentasse a menor leitura desde setembro. Segundo IHS Markit/Caixin, o PMI industrial da China recuou de 51,8 em novembro para 51,5 em dezembro, mostrando certo arrefecimento da atividade manufatureira no período. A bolsa de Xangai apurou valorização de 1,15%, nesta quinta-feira. Em Hong Kong, o índice Hang Seng terminou o dia com ganho de 1,16%. Em Taiwan, o índice Taiex subiu 0,86%, mas o Kospi, na Coreia do Sul, recuou 1,02%.

Na Europa, as bolsas operam em alta, com o otimismo renovado após Donald Trump ter confirmado que assinará um acordo inicial com a China em janeiro. Foram divulgados nesta manhã, os índices de gerentes de compras (PMIs) do setor industrial de diversos países da zona do euro. A maioria veio em linha com o esperado pelo mercado. O PMI industrial da zona do euro ficou em 46,3 em dezembro, melhor do que o esperado pelos analistas (45,9). Na Alemanha, o PMI industrial caiu para 43,7, contra previsão de 43,4. No mercado de ações, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, avança 0,99%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,98%; o CAC40 tem alta de 1,34%; o DAX tem ganho de 0,80% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1198, recuando ante o valor de US$ 1,1216 do final de segunda-feira.

No mercado americano, o maior apetite ao risco eleva a remuneração das Treasuries, à semelhança do que ocorre com os títulos soberanos europeus. No momento, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,9334% ao ano, com alta de 0,83%. O dólar também ganha força diante das principais moedas. O índice DXY, que acompanha o valor da divisa americana ante a uma cesta de moedas, sobe 0,19%, situando-se em 96,68 pontos, recuperando parte das perdas recentes. No mercado de ações, os índices futuros das bolsas de Nova York apontam para uma abertura positiva: o futuro do Dow Jones sobe 0,58%, no momento; S&P 500 tem alta de 0,56%; Nasdaq avança 0,74%.

As cotações também sobem no mercado de petróleo com otimismo sobre o possível entendimento entre americanos e chineses e arrefecimento das tensões no Oriente Médio. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para fevereiro tem alta de 0,10% no momento, sendo negociado a US$ 61,12/barril.

Ambiente internacional propício ao risco, impulsionado pela proximidade da celebração da fase 1 do acordo comercial entre americano e chineses, sinais de estabilização do crescimento da economia mundial e estímulos na China devem favorecer o desempenho da Bovespa. Diante de um ambiente externo favorável e otimismo com a retomada da economia brasileira, a Bovespa tem grandes chances de buscar os 120 mil pontos a curto prazo.

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