Hoje na Economia – 02/02/2023

Hoje na Economia – 02/02/2023

Economia Internacional

Nos EUA, o balanço dos dados de atividade divulgados ontem foi, no todo, negativo e consistente com a visão de enfraquecimento da economia americana. O ISM Industrial referente a janeiro ficou em 47,4, abaixo do esperado pelo mercado (48,0) e do dado anterior (48,4), a reboque da queda nos componentes de emprego e de novas encomendas. O ADP mostrou criação de vagas de emprego no setor privado inferior à esperada em janeiro (106 mil vs. 180 mil) e desacelerando em relação ao número de dezembro (235 mil). Por outro lado, o JOLTS de dezembro veio acima do esperado, apontando abertura de 11,012 milhões de postos de trabalho em dezembro ante expectativa de 10,3 milhões. No âmbito da política monetária, o FOMC elevou o intervalo das Fed Funds Rates em 25 pb, conforme amplamente esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. No comunicado, o comitê reafirmou o compromisso com a convergência da inflação à meta de 2% e sinalizou que levará em consideração os efeitos defasados da política monetária sobre a inflação para determinar a extensão dos próximos ajustes até o fim do ciclo.

Para hoje, os destaques da agenda internacional incluem decisões de política monetária na Zona do Euro e no Reino Unido. O Banco da Inglaterra elevou sua taxa básica de juros em 50 pb, em linha com o esperado pelo consenso de mercado. A expectativa para a reunião do Banco Central europeu (ECB) também é de alta de 50 pb nas taxas básicas. Nos EUA, serão divulgados os pedidos semanais de seguro-desemprego, as encomendas de bens duráveis e à indústria referentes a dezembro e a leitura preliminar do custo unitário do trabalho em dezembro.

Economia Nacional

No âmbito local, o COPOM manteve a meta para a taxa Selic em 13,75% a.a. – conforme amplamente esperado pela SulAmérica Investimentos e pelo consenso de mercado. No comunicado, o comitê adotou tom mais hawkish do que o esperado ao trazer revisão altista das projeções de inflação tanto de 2023 (de 5,0% para 5,6%) quanto de 2024 (de 3,0% para 3,4%) e ao sinalizar que seguirá vigilante à dinâmica de desancoragem das expectativas de inflação e de incerteza fiscal, que elevam o custo da desinflação. Também foi destaque no comunicado a adoção de um cenário alternativo nas projeções, que supõe a manutenção da taxa de juros no patamar corrente por um período mais prolongado e que levaria a inflação em 2024 para 2,8%, ligeiramente inferior à meta de 3%.

Hoje a agenda doméstica deve permanecer esvaziada e sem maiores destaques. No front político, o noticiário deve se manter focado na repercussão das eleições legislativas. Arthur Lira foi reeleito presidente da Câmara dos Deputados com 464 votos, enquanto Rodrigo Pacheco obteve 49 votos no Senado e também se reelegeu.

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