Hoje na Economia 02/03/2015

Hoje na Economia 02/03/2015

Edição 1223

02/03/2015

Relatórios econômicos indicando melhora na atividade industrial chinesa e europeia dão o tom positivo para os mercados no dia de hoje. O índice de gerentes de compra (PMI) calculado pela Markit/HSBC ficou em 50,7 em fevereiro contra 49,7 no mês anterior. O PMI oficial marcou 49,9 ante 49,8 em fevereiro. Na Europa, os PMIs repetiram o mesmo quadro apresentado pela divulgação preliminar, mostrando crescimento econômico moderado, com destaque para o maior dinamismo da Alemanha.

Na Ásia, a divulgação do PMI/HSBC mostrando melhora na atividade industrial chinesa e o corte efetuado pelo banco central da China no juro básico estimularam os mercados, levando a bolsa de Xangai a fechar com alta de 0,78%, enquanto o índice Hang Seng apurou ganho de 0,26%. Em Tókio, bolsa fechou também em alta, com o índice Nikkei contabilizando ganho de 0,15%. Neste caso, o efeito China foi menor do que o impacto da alta do dólar que se seguiu a divulgação do PIB americano, referente ao 4º trimestre, que cresceu acima das expectativas. A moeda americana é cotada a 119,85 ienes nesta manhã, contra 119,60 no final de sexta-feira.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com discreta alta (+0,09%) no momento. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,36%; em Frankfurt o DAX30 avança 0,31%, enquanto em Paris o CAC40 recua 0,14%, nesta manhã. O euro é cotado a US$ 1,1217 subindo em relação a US$ 1,1188 do fim da tarde de sexta-feira.

Nos Estados Unidos, os futuros das principais bolsas de ações, S&P e D&J, registram alta de 0,17% e 0,14%, enquanto o dólar opera em ligeira baixa frente às principais moedas e o juro pago pelo Treasury de 10 anos situa-se em 2,010% ao ano. Na agenda econômica, a divulgação de dados sobre renda e gastos de janeiro. Segundo o consenso, a renda pessoal deve ter subido 0,4%, enquanto os gastos pessoais devem ter recuado 0,1%, mostrando que as famílias seguem cautelosas, preferindo ampliar a poupança pessoal. O PCE, deflator dos gastos pessoais, deve mostrar deflação na margem (-0,5%), captando a influência dos preços da energia. O núcleo deve subir 0,1% na margem e 1,3% em doze meses.

No mercado de commodities, notícias econômicas positivas vindas da China impulsionam esse mercado, principalmente metais básicos que sobem 0,24%, no momento. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 49,24%, com queda de 1,05%, com os investidores de olho na divulgação dos estoques americanos nos próximos dias.

As medidas anunciadas pelo ministro Joaquim Levy, confirmando a disposição de entregar um superávit fiscal de 1,2% do PIB neste ano deve melhorar o humor do mercado, proporcionando certa estabilização dos ativos locais principalmente juros e câmbio, tendo em vista o nervosismo que predominou nos últimos dias. A Bovespa, no entanto, continuará refém de papeis como Petrobrás, Vale e outras blue chips, mantendo o mercado de ações muito volátil.

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