Hoje na Economia 02/03/2016

Hoje na Economia 02/03/2016

Edição 1466

02/03/2016

Mercados operam em alta hoje, deixando para trás os temores quanto aos riscos de uma desaceleração mais acentuada do crescimento da economia mundial.

Estimulados pelo enfraquecimento do iene e por especulações de que novas medidas de estímulo devem ser anunciadas na China, por ocasião do Congresso Nacional do Povo, que ocorre neste final de semana, mercados asiáticos tiveram forte valorização. O índice MSCI Asia Pacific subiu 2,8%, liderados pelas ações japonesas. Em Tóquio, o índice Nikkei apurou ganho de 4,11%, enquanto o dólar subia para 114,37 ienes, com a moeda japonesa se desvalorizando 0,35%. Na China, as expectativas otimistas em relação ao Congresso do Povo, que define as principais diretrizes econômicas para os próximos cinco anos, favoreceram os mercados de ações locais. O índice Xangai Composto fechou com alta de 4,26%, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong subiu 3,07%.

Também contribuem para bom humor hoje, os sinais de que a economia americana permanece crescendo, ainda que lentamente. Dados de ontem mostraram que a atividade manufatureira se desacelerou menos do que se esperava, enquanto os gastos em novas construções bateram as estimativas dos analistas. Os dados mais positivos sobre a economia americana levaram o yield pago pelo T-Bond de 10 anos para 1,841%, com alta de 0,86%, ao mesmo tempo em que o dólar se valoriza frente às principais moedas (dólar index: +0,12%). O índice futuro do S&P 500 opera em queda de 0,25%, sinalizando provável ajuste técnico para as bolsas de ações americanas, após as altas recentes. Nas primárias eleitorais desta terça-feira, os vitoriosos foram Hilary Clinton pelos Democratas e Donald Trump pelos republicanos.

Neste ambiente mais otimista, os mercados europeus operam em alta. O índice STOXX600 registra ganho de 0,44%, no momento, enquanto em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,34%; em Paris o CAC40 avança 0,53%; em Frankfurt o DAX tem valorização de 0,38%. O euro é transacionado a US$ 1,0872, flutuando em torno desse valor, nesta manhã.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é negociado a US$ 33,67/barril, com queda de 2,15%, ante a expectativa de relatórios reportando elevação dos estoques americanos. O índice geral de commodities da Bloomberg registra queda de 0,13%, no momento.

Em um ambiente internacional de menor aversão ao risco, em que pese o recuo técnico nos preços do petróleo, as expectativas são positivas para o mercado de ações brasileiro, com a Bovespa devendo sustentar a trajetória de alta, ainda que com elevada volatilidade dada às incertezas do ambiente político doméstico. No mercado de juros futuros, o foco estará na reunião do Copom que termina hoje. Enquanto se especula pelo teor do comunicado, os vértices mais curtos devem operar perto da estabilidade, enquanto os longos podem sofrer alguma pressão por conta da elevação dos juros dos Treasury Bonds de 10 anos.

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