Hoje na Economia 02/03/2018

Hoje na Economia 02/03/2018

Edição 1962

02/03/2018

Mais um dia de aversão ao risco prevalece nos mercados. Os investidores mostram-se preocupados com as consequências que a escalada protecionista promovida pelo governo americano, ao lado do aperto monetário do Fed, podem ter sobre o crescimento global.

Essas preocupações dominaram os negócios na Ásia, resultando em quedas disseminadas das bolsas da região, acompanhando as baixas ocorridas nos mercados acionários de Nova York ontem. O índice MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,9%. No Japão, os temores foram agravados pelos comentários do presidente do banco central japonês de que a instituição estuda iniciar o encerramento de sua política de relaxamento monetário durante o ano fiscal de 2019. Em consequência, o iene se fortaleceu frente ao dólar. No momento, a moeda americana é negociada a 105,73 ienes de 106,25 ienes no fim da tarde de ontem. A bolsa de Tóquio fechou em forte baixa pelo terceiro pregão consecutivo, com o Nikkei registrando um tombo de 2,5% no pregão de hoje. A ameaça americana de impor tarifas sobre o aço e alumínio produzidos na Ásia derrubou as bolsas de ações da região de forma generalizada: na China o Xangai Composto caiu 0,59%; o Hang Seng de Hong Kong perdeu 1,48%; o Kospi sul-coreano caiu 1,0% e o S&P/ASX 200 da Austrália perdeu -0,7%.

Na Europa, as principais bolsas de ações seguem os passos ditados pela Ásia. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 1,30%, no momento, situando-se no menor patamar em duas semanas. Em Londres, o FTSE100 perde 0,69%; em Paris o CAC40 cai 1,64%; em Frankfurt, o DAX registra queda de 1,96%, caminhando para fechar no mais baixo patamar dos últimos seis meses, com as ações de empresas de automóveis liderando as perdas. O euro é cotado a US$ 1,2277, subindo em relação ao valor de US$ 1,2262 do fim da tarde de ontem.

No mercado americano, os futuros dos principais índices de ações de Nova York operam no vermelho. O índice futuro do Dow Jones recua 0,36%; o S&P 500 cai 0,21%; o Nasdaq perde 0,22%. O juro do T-Bond de 10 anos permanece flutuando em torno de 2,810% ao ano, o menor nível desde a primeira semana de fevereiro. Preocupações de que as medidas protecionistas possam resultar em pressões inflacionárias adicionais poderão levar a saídas das treasuries, empurrando os juros longos para além da barreira de 3,0% ao ano. O dólar índex sinaliza ligeira queda da moeda americana (-0,19%) diante de uma cesta de moedas.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, mantendo a tendência de queda observada nas três últimas sessões. A commodity está pressionada desde que os dados oficiais mostraram aumento dos estoques e produção nos EUA, na semana passada. O produto tipo WTI é negociado a US$ 60,72/barril, com queda de 0,44%.

A intenção norte-americana de sobretaxar as importações de aço e do alumínio, impactando negativamente os principais mercados globais, deve levar o Ibovespa a operar no vermelho no pregão de hoje. O Ministério de Trabalho anuncia hoje a movimentação do mercado de trabalho formal em janeiro, captado pelos dados do Caged. Dados extraoficiais, publicados pela imprensa, dão conta que foram criados liquidamente 77,8 mil vagas no mês, o que seria o melhor resultado para o período desde 2012.

Topo