Hoje na Economia 02/05/2013

Hoje na Economia 02/05/2013

Edição 778

02/05/2013

As notícias não são favoráveis a quem aposte em firme retomada do crescimento da economia mundial. Nos EUA, o ISM-manufatura, proxy da atividade industrial, recuou para próximo a fronteira dos 50, que separa atividade em expansão da contração. Na Europa, os PMIs só reforçaram o quadro de contração vivenciado pela região do euro. Na China, os números evidenciam cada vez mais a fragilidade do crescimento baseado no mercado interno chinês.

Na Europa, há uma expectativa muito grande acerca da reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que se realiza nesta manhã. Ante o agravamento do quadro recessivo, aumentaram as apostas de que o BCE deverá reduzir a taxa básica de juros de 0,75% para 0,50% ao ano. O euro perde valor frente à moeda norte-americana, sendo cotado a US$ 1,3168, com queda de 0,13% no momento. O índice de ações STOXX600 opera em ligeira queda (-0,10%), enquanto as bolsas de Londres e Paris recuam 0,19% e 0,26%, respectivamente, enquanto Frankfurt sobe 0,30%.

Os futuros das principais bolsas de valores dos EUA operam em alta, no momento, repercutindo o aviso dado pelo Fed ontem, de que deverá considerar aumentar os estímulos à economia americana caso os indicadores não mostrem retomada firme do crescimento econômico. Os índices futuros do S&P e D&J registram valorizações de 0,26% e 0,24%, respectivamente, nesta manhã. O dólar index sobe 0,26%, enquanto a treasury de 10 anos paga juro a 1,637% ao ano, reflexo de movimentos de busca de porto seguro por parte dos investidores.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific perdeu 0,4% no pregão de hoje. Pesou o enfraquecimento da atividade industrial chinesa mostrada pelos indicadores PMIs de abril divulgados hoje. O índice Shanghai Composite Index recuou 0,17%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong perdeu 0,30%. No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 0,76%, refletindo o fortalecimento do iene decorrente de movimentos defensivos dos investidores, propiciando amplo movimento de realização de lucros. A moeda japonesa é cotada a 97,27 ienes por dólar, ante 97,38 de ontem à tarde.

O mercado de commodities é um dos poucos mercados de risco que opera no azul, nesta manhã, já tendo absorvido os dados negativos divulgados na China, Europa e EUA. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 91,59/barril, com alta de 0,62%, enquanto o índice total de commodities sobe 0,66%, com destaque para os metais (+1,04%) e agrícolas (+0,27%).

A bolsa brasileira deverá a se ajustar ante os seus parceiros internacionais, que operaram em queda no dia de ontem por conta dos sinais de enfraquecimento da recuperação da economia mundial. O mesmo deverá ocorrer com o valor do dólar, que deverá se fortalecer frente ao real, mantendo a cotação em patamares ligeiramente acima dos R$ 2,00/US$. No mercado de juros, a deterioração do cenário externo pode levar ao fechamento dos juros futuros, principalmente nos vértices mais longos.

Superintendência de Economia
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