Hoje na Economia 02/05/2016

Edição 1507

02/05/2016

Mercados abrem os negócios no dia de hoje na defensiva, em meio a um ambiente em que prevalece certa aversão ao risco.

Na Ásia, mercados fecharam em queda após o iene atingir uma valorização não vista nos últimos dezoito meses. A procura por segurança levou o dólar para 106,40 ienes, contra a cotação de 106,98 ienes observada na sexta-feira. A bolsa de Tóquio fechou em forte baixa, refletindo os efeitos negativos do fortalecimento do iene sobre a rentabilidade esperada das empresas exportadoras. O índice Nikkei teve desvalorização de 3,11%. Na China, a divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI) de abril mostrou estabilização da economia. O PMI manufatura ficou em 50,1 no mês, o segundo dado consecutivo acima dos 50 pontos, ainda que tenha vindo abaixo do esperado pelo mercado (50,3). O PMI-serviços registrou ligeira desaceleração: passou de 53,8 em março para 53,5 com o dado de abrl. Por conta de feriado, os as bolsas de Xangai e Hong Kong permaneceram fechadas. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o dia com queda de 1,3%.

Na Europa, os índices preliminares dos PMIs, manufatura e serviços, divulgados pela Markit, mostram que a economia da região continua patinando. O índice de ações pan-europeu, STOXX600 não mostra reação em relação às fortes quedas observadas na semana passada. No momento, o índice opera relativamente estável (-0,08%). Bolsa de Londres está fechada por conta de feriado local; Paris sobe 0,35%; Frankfurt valoriza 0,75%. O euro é negociado a US$ 1,1488, subindo em relação a US$ 1,1451 registrado na sexta-feira à tarde.

No EUA pesam os dados fracos sobre renda e consumo de março, divulgados na sexta-feira, reforçando o quadro de que o 1º trimestre deste ano foi o mais fraco do último ano. O dólar segue em queda frente às principais moedas: dólar index registra perda de 0,24%, no momento. O juro pago pela T-Bond de 10 anos cai 0,96%, situando-se em 1,816% ao ano. O índice futuro de ações S&P 500 opera com discreta alta (+0,06%).

Os futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã em meio à realização de lucros. O petróleo tipo WTI para junho, que é negociado na Nymex, recua 0,72%, cotado a US$ 45,61/barril. O recuo do dólar favorece as commodities de forma geral: metais básicos sobem 1,70%; agrícolas +0,83% e metais preciosos +1,79%.

No mercado doméstico deve permanecer o clima de especulação quanto à composição de um eventual governo Temer e as ações iniciais para reverter a crise de confiança que tem travado a economia. Cresce a percepção de que não faltará apoio político para levar adiante uma agenda positiva que estimule a confiança dos agentes econômicos. O dólar que já se encontra próximo de R$ 3,45/US$ deve continuar testando novas baixas, obrigando a intervenções mais frequentes por parte do Banco Central. No mercado futuro de DIs, a parte longa já mostrou fechamento expressivo, reduzindo o espaço para ajustes adicionais. A parte curta será limitada pela ata do Copom, que não deverá indicar corte na Selic no curto prazo.