Hoje na Economia 02/06/2014

Hoje na Economia 02/06/2014

Edição 1041

02/06/2014

Dados mais positivos sobre atividade industrial chinesa dão o tom mais otimista para os mercados. O PMI-manufatura oficial ficou 50,8 em maio (50,4 em abril), ligeiramente acima do consenso dos analistas. Esse número atenua temores de desaceleração adicional da economia chinesa, favorecendo uma reação positiva dos mercados neste início da semana.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,5%, motivado pela expectativa de estabilização do crescimento chinês em torno da meta oficial de 7,5% para este ano. A bolsa de Tókio fechou com ganho de 2,07%, levando o índice Nikkei para o mais elevado nível desde o dia 04 de abril. A desvalorização da moeda japonesa impulsionou os negócios com papeis de empresas exportadoras. O dólar compra 102,04 ienes nesta manhã, contra 101,80 ienes de sexta-feira à tarde. Na China e Hong Kong, mercados fechados devido a feriado.

Na Europa, os PMI preliminares divulgados hoje decepcionaram. A atividade industrial na zona do euro perde força em ritmo maior do que esperado, com destaque para a retração da atividade na França, acentuando os desequilíbrios presentes na região. O PMI-manufatura da zona do euro recuou de 52,5 em abril para 52,2 em maio. O euro caiu para o seu menor nível frente ao dólar dos últimos três meses, sendo cotado a US$ 1,3601 contra US$ 1,3632 no fim da tarde de sexta-feira. No mercado de ações, o índice STOXX600 avança 0,35% nesta manhã. Londres ganha 0,34%, Paris +0,13% e Frankfurt +0,32%.

Nos EUA, projeções mostram que o ISM-manufatura de maio subiu para 55,5, contra 54,9 em abril, segundo o consenso do mercado. Esse maior dinamismo esperado para a economia americana sustenta a apreciação do dólar frente às principais moedas (dólar index +0,21%), enquanto o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 2,487% ao ano. Os índices futuros das principais bolsas de ações operam no azul, com S&P subindo 0,12% e o D&J registrando +0,17%, no momento.

No mercado de petróleo, indicações de que a economia chinesa avança estimularam os preços do óleo, com o produto tipo WTI atingindo US$ 103,14/barril, com valorização de 0,41% no momento. Demais commodities também registram ganhos, com exceção das agrícolas que mostram perda de 0,32%, nesta manhã.

A Bovespa deve se favorecer dos bons dados divulgados na China, ainda que deva manter certa volatilidade em função de rumores acerca de pesquisa eleitoral (Datafolha), que deve ser divulgada no meio da semana. No mercado de câmbio, a valorização do dólar no mercado externo frente às principais moedas emergentes deve prevalecer também ante ao real. A agenda desta semana, envolvendo a ata do Copom e o IPCA de maio, deve confirmar a acomodação dos preços e a estabilidade da taxa Selic, sugerindo a acomodação da curva de DIs no curto prazo.

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