Hoje na Economia – 02/06/2021

Hoje na Economia – 02/06/2021

As principais bolsas de ações internacionais operam sem um direcional único, nesta manhã. O humor dos investidores encontra-se dividido entre os indicadores que mostram que a atividade econômica global ganha força e os temores quanto a uma escalada inflacionária, o que levaria os principais bancos centrais a começarem elevar suas taxas de juros.

No mercado americano, os índices futuros das bolsas de Nova York operam praticamente de lado, com ligeiro viés de baixa, mantendo o padrão dos pregões recentes, quando ficaram próximos da estabilidade. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,03%; S&P 500 recua -0,07%; Nasdaq cai -0,17%. O dólar sobe frente às principais moedas. O índice DXY registra valorização de 0,36%, situando-se em 90,15 pontos. O euro é negociado a US$ 1,2183, com queda de -0,25%; libra vale US$ 1,4138, perdendo -0,08%; o iene é negociado a ¥/US$ 109,84, desvalorizando -0,34%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece em torno de 1,61% ao ano, enquanto se espera pelas manifestações de dirigentes do Fed ao longo do dia e pela divulgação do Livro Bege, elaborado pelos Feds regionais, sobre as condições econômicas atuais.

As bolsas asiáticas fecharam entre altos e baixos, sem apresentar um denominador comum. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou alta modesta de 0,1% no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,46% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi registrou ganho de 0,07% em Seul; o Taiex teve alta marginal de 0,02% em Taiwan. Na China, o movimento de realização de lucros empurrou os mercados para o vermelho. O índice Xangai Composto apurou queda de -0,76%. Em Hong Kong, o dia também foi negativo: o Hang Seng perdeu -0,58%.

Na Europa, as principais bolsas operam em alta, motivadas pela alta das commodities, principalmente o petróleo. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,17%, no momento. Em Londres, o FTSE100 avança 0,19%; o CAC40 tem ligeira alta de 0,08% em Paris; em Frankfurt, o DAX flutua em torno da estabilidade. Foi divulgado o índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro, que subiu 1% em abril ante março e 7,6%na comparação anual. Os dados vieram em linha com as previsões dos analistas, e reforçam as crescentes pressões inflacionárias que se acumulam no setor produtivo, resultante dos gargalos presentes e aumento na demanda por bens de consumo.

No mercado de petróleo, a commodity sustenta os níveis alcançados após a Opep+ se mostrar otimista quanto ao desempenho futuro desse mercado. A Opep+ decidiu seguir com o plano de elevar sua produção cautelosamente em junho e julho, em meio à expectativa de forte recuperação da demanda por petróleo pelos EUA e Europa. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 68,24/barril, com alta de 0,74%.

No mercado doméstico, foco na divulgação dos dados sobre a produção industrial de abril, que pode sustentar o otimismo do mercado após a surpresa positiva com o PIB do 1º trimestre. De acordo com as estimativas dos analistas, a produção industrial deve ter recuado -0,1% no mês de abril ante março e subir 36,6% frente a abril do ano passado. A expectativa de que os próximos meses sustentem o bom desempenho do 1º trimestre favorece a apreciação do real diante do dólar e abertura das taxas de juros, diante de um banco central que se mostra mais cauteloso diante das pressões inflacionárias atuais. A Bovespa deve continuar caminhando em direção aos 130 mil pontos.

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