Hoje na Economia – 02/06/2022

Hoje na Economia – 02/06/2022

As mensagens conservadoras externadas por vários dirigentes de bancos centrais, inclusive do Fed, reforçando a necessidade de um aperto monetário severo para pôr a inflação sob controle, pesam sobre o sentimento dos investidores, moderando o apetite ao risco, nesta quinta-feira. As bolsas exibem altas modestas, enquanto o dólar e petróleo operam em baixa.

Na Ásia, os mercados acionários fecharam em baixa, principalmente aqueles em que o setor de tecnologia tem peso relevante. A divulgação de indicadores nos EUA reforçando o dinamismo da economia acirrou os temores de que a inflação e o aperto monetário global freiem o crescimento econômico das principais economias mundiais. O índice regional, MSCI Asia Pacific, contabilizou queda de 1,1% no pregão de hoje. Em Hong Kong e em Seul, onde são negociadas importantes empresas de tecnologia, os índices Hang Seng e Kospi registraram quedas idênticas de 1,0%. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,16% em Tóquio, enquanto o Taiex teve baixa de 0,73% em Taiwan. Na contramão da região, na China, o índice Xangai Composto apurou valorização de 0,42% nesta quinta

Na Europa, a inflação continua mostrando que tem fôlego suficiente para sustentar altos patamares ao longo dos próximos meses. O índice de preços ao produtor (PPI) da zona do euro subiu de 36,9% em março para 37,2% em abril, ambos na métrica anual. Excluindo energia, o PPI mostrou alta de 15,6% na comparação anual de abril. As bolsas de ações da região operam em alta, com investidores buscando papéis com preços atrativos, buscando recuperar parte das perdas de ontem. O índice STOXX600 registra alta de 0,52%, no momento. Em Paris e Frankfurt, o CAC40 e o DAX sobem 1,02% e 0,83%, respectivamente. Em Londres, os mercados permanecem fechados devido ao feriado.

Os indicadores de atividade industrial e a divulgação do Livro Bege nos EUA reforçaram a tese de que a economia segue firme e ancorada em um mercado de trabalho bastante aquecido. Essa avaliação acentuou temores de que o Fed deverá ser mais agressivo no aperto monetário, o que resultou em dólar e juros para cima globalmente e queda nas principais bolsas de Nova York. Nesta manhã, o rendimento pago pelo T-Bond de 10 ano encontra-se estável em 2,91% ao ano. O dólar devolveu parte da alta de ontem. O índice DXY recua 0,33% no momento, situando-se em 102,26 pontos. No momento, o euro avança para US$ 1,0688/€, valorizando 0,36%; a libra é negociada a US$ 1,2541/£, subindo 0,43%, enquanto a moeda americana depreciava a 129,84 ienes. Os futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, podendo se recuperar de parte das perdas de ontem. O futuro do Dow Jones sobe 0,28%; S&P 500 avança 0,46% e o Nasdaq valoriza 0,57%. Na agenda de hoje, além de indicadores sobre o mercado de trabalho, os investidores estarão acompanhando a avaliação da economia a ser feita por Loretta Mester em evento às 14h.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, nesta manhã, enquanto se espera pela reunião dos líderes da Opep+, que deve definir a oferta da commodity para o mês que vem. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para julho é cotado a US$ 112,67/barril, com queda de 2,25%.

Hoje o IBGE divulga os números do PIB do 1º trimestre. Pelas projeções do mercado, o PIB cresceu 1,2% ante ao trimestre anterior e 2,1% frente a igual período de 2021. Esses números devem reforçar a expectativa de maior dinamismo da economia brasileira nesta primeira metade do ano, justificando projeções de crescimento entre 1,5% e 2,0% para o PIB em 2022. Para hoje espera um Ibovespa para cima, o real deve se apreciar e os juros futuros devem responder aos dados do PIB.

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