Hoje na Economia 02/07/2018

Hoje na Economia 02/07/2018

Edição 2045

02/07/2018

Mais um dia de aversão ao risco prevalece nos mercados. Os investidores mostram-se mais seletivos, buscando ativos mais defensivos, escaldados com o conflito comercial entre EUA e China, riscos políticos na Europa e políticas de juros contrárias entre as economias avançadas.

As bolsas asiáticas fecharam com perdas robustas nesta segunda-feira, em maio a temores de que os EUA e China cumpram as recentes ameaças de tarifar bilhões de dólares em produtos um do outro. Na sexta-feira, vence o prazo para que Washington aplique tarifas a US$ 34 bilhões em produtos chineses. No mesmo dia, Pequim promete retaliar e tarifar o mesmo valor em bens americanos. Ademais, os últimos dados de atividade industrial mostram que a expansão do setor manufatureiro da China perdeu força em junho. O índice de gerente de compra (PMI) oficial da indústria chinesa caiu de 51,9 em maio para 51,5 em junho, enquanto o indicador apurado pela Markit/Caixin recuou de 51,1 para 51,0 no mesmo período. Em Xangai, o índice Xangai Composto recuou 2,52% no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei teve queda de 2,21% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi caiu 2,35% em Seul e o Taiex cedeu 0,54% em Taiwan. Em Hong Kong, não houve negócios devido a feriado local.

Na Europa, a crise política na Alemanha afeta os negócios, nesta segunda-feira. O governo da chanceler Ângela Merkel encontra dificuldades para assegurar um consenso em seu próprio partido em relação a política de migração. Além desse fato, o euro também é prejudicado pelas declarações do presidente Donald Trump, de que o comércio com a União Europeia é tão ruim quanto à China, apenas em um volume menor. O euro recuou para US$ 1,1636 nesta manhã, de US$ 1,1677 do fim da tarde de sexta-feira. No mercado de ações, o índice STOXX600 recua 0,90%, no momento. Londres perde 0,95%; Paris recua 1,03%; Frankfurt tem queda de 0,57%.

Diante desse ambiente de forte aversão ao risco que prevalece no dia de hoje, o juro do T-Bond de 10 anos recua para 2,831% de 2,852% no fim da tarde de sexta-feira. O dólar se valoriza frente às principais moedas (dólar index +0,36%), mas principalmente frente a moedas emergentes, com destaque para o peso mexicano que recua mais de 1% após o resultado das eleições neste final de semana, elegendo um candidato que não contava com a simpatia dos mercados. No mercado de ações, os futuros dos principais índices de Nova York apontam para uma abertura em queda: futuro do Dow Jones cai 0,63%; do S&P 500 perde 0,55%; do Nasdaq recua 0,70%.

Diante de uma agenda econômica doméstica esvaziada em termos de indicadores, o mercado de juros futuros deve voltar a olhar o desempenho do dólar e dos Treasuries a fim de definir uma direção para hoje, enquanto aguarda os indicadores de atividade industrial (quarta-feira) e inflação (sexta-feira), que captarão os efeitos da greve dos caminhoneiros no final de maio.

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