Hoje na economia – 02/07/2021

Hoje na economia – 02/07/2021

Mercados de ações internacionais operam, nesta sexta-feira, entre margens estreitas. Pesam as preocupações com a disseminação da cepa delta do coronavírus, que já impacta a produção industrial em várias regiões da Ásia, mas também a cautela antes da divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho nos EUA. A folha de pagamentos (payroll) de junho poderá fornecer indicações sobre o grau de avanço da economia americana, ajudando a formação das expectativas sobre o momento em que o Fed deve iniciar a retirada dos estímulos (tapering). Segundo o consenso do mercado, o relatório de emprego deve mostrar a criação de 720 mil novos postos de trabalho em junho, subindo ante o volume de 559 mil postos criados no mês de maio. A taxa de desemprego deve recuar de 5,8% em maio para 5,6% com o dado de junho.

Enquanto se espera pela payroll, o yield dos Treasuries de 10 anos permanece estável, flutuando em torno de 1,45% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da divisa americana diante de uma cesta de moedas, mostra alta discreta de 0,05%, situando-se em 92,65 pontos, no momento. Os índices futuros de ações das bolsas de Nova York mostram variações modestas, sem direcional claro: o futuro do Dow Jones recua -0,03%; S&P 500 sobe 0,01%; Nasdaq avança discretos 0,07%.

Na Ásia, o discurso do presidente chinês, Xi Jinping, na comemoração do centenário do Partido Comunista Chinês, contra a interferência externa e fazendo apelos à unidade nacional, assustou os investidores. Essa fala vem num momento de crescente pressão externa, em especial dos EUA, por supostas violações de direitos humanos cometidos pela China. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,40%. Entre as maiores quedas destaque para Alibaba, Meituan e Tencent. O índice Xangai Composto recuou 1,95%, enquanto o Hang Seng perdeu 1,80% em Hong Kong. Pesaram também nos negócios, nesta sexta-feira, as preocupações com a variante delta do coronavírus, que se espalha rapidamente por vários países, ameaçando planos de reabertura econômica. No Japão, o índice Nikkei fechou com alta de 0,27% em Tóquio; o sul-coreano Kospi teve baixa marginal de 0,01% em Seul; em Taiwan, o Taiex caiu 0,02%. O iene é cotado a ¥ 111,48/US$, com valorização de 0,04%, no momento.

A Europa segue a tendência ditada pelos mercados asiáticos. O índice STOXX600 opera com alta de 0,21%, nesta manhã. Principais bolsas da região operam em direções distintas: Londres +0,13%; Paris -0,09% e Frankfurt +0,18%. O euro é negociado a US$ 1,1825, perdendo 0,20% diante da moeda americana.

No mercado de petróleo, o contrato futuro para entrega em agosto do produto tipo WTI é negociado a US$ 75,06/barril, com queda de 0,21%, enquanto se aguarda pela reunião da Opep+, adiada para hoje, que deve decidir sobre a produção do grupo nos próximos meses. Demais commodities não mostram tendência única, levando o índice geral de commodity da Bloomberg a registrar alta de 0,23%, no momento.

O baixo apetite por risco que se observa nos mercados internacionais deve pesar sobre a bolsa brasileira, que somado a turbulência política interna e a insatisfação com a proposta tributária do governo, permite acreditar em um dia de baixa para a Bovespa. Esses ruídos também devem jogar contra o real no dia de hoje. No mercado doméstico de renda fixa, as atenções ficarão por conta da divulgação da produção industrial de maio, que segundo as projeções do mercado deve mostrar variação de 1,5% na comparação mensal e 24,9% em relação à fraca base formada pelo mês de maio de 2020.

Topo