Hoje na Economia 02/08/2013

Hoje na Economia 02/08/2013

Edição 842

02/08/2013

O foco estará voltado para os Estados Unidos, onde será divulgado o relatório do emprego referente a julho. Animados com os bons números divulgados pela ADP sobre criação do emprego no setor privado, investidores mostram maior apetite ao risco nesta manhã. A mediana das projeções de mercado aponta para criação líquida de 185 mil novas vagas pela economia americana no mês, pouco abaixo do número de junho (195 mil). A taxa de desemprego deverá recuar para 7,5%, de 7,6% registrado em junho.

Como o emprego é uma das variáveis chaves para a definição do início do "tapering" pelo Fed, expectativas de bons números levam o dólar a se valorizar frente às principais moedas. O dólar index sobe 0,10% nesta manhã, superando o nível dos 82 pontos. O juro pago pela treasury de 10 anos atinge 2,732% ao ano. Para as bolsas, fica a dúvida: podem não gostar de perder a
liquidez abundante promovida pelo Fed, como podem se entusiasmar com a melhora da economia americana. Os futuros dos índices S&P e D&J operam em ligeira alta:+0,06% e +0,10%, respectivamente.

Na Europa, o índice de ações pan-europeu STOXX600 opera em alta de 0,33%, motivado também por bons resultados corporativos divulgados nesta manhã. Londres, no entanto, registra perda de 0,10%, no momento, enquanto Paris e Frankfurt registram altas de 0,22% e 0,10%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,3221 nesta manhã, contra US$ 1,3207 de ontem à tarde.

Bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em alta, mas mantendo certa cautela enquanto aguardam os números sobre o mercado de trabalho americano. Na China, a bolsa de Xangai fechou próxima da estabilidade (+0,02%), enquanto em Hong Kong o índice Hang Seng encerrou o dia com ganho de 0,46%. Em Tókio, o Nikkei fechou com valorização de 3,29% diante de expectativas positivas sobre os dados do mercado de trabalho norte-americano, além de resultados corporativos que bateram as estimativas dos analistas. A moeda japonesa é negociada a 99,75 ienes por dólar, contra ¥99,56/US$ na tarde de ontem.

No mercado de petróleo, a cotação do produto tipo WTI atingiu US$ 107,80/barril, acumulando alta de 3,2% na semana, motivado pela expectativa de firme crescimento da economia americana, que deverá elevar a demanda pelo produto. Demais commodities operam em direção distinta, com destaque para metais (+0,54), agrícolas (+0,15%) e metais preciosos (- 1,78%).

No Brasil, investidores deverão aguardar a divulgação do relatório do mercado de trabalho para definirem uma estratégia. Incertezas em relação à política monetária do Fed devem persistir, mantendo a volatilidade elevada ao longo do pregão. Os dados de emprego americano também devem afetar os mercados de câmbio e juros. Um mercado de trabalho americano mais forte pode fortalecer apostas na redução imediata dos estímulos monetários, fortalecendo o dólar frente às demais moedas. Isso levaria a enfraquecimentos adicionais do real. Os vértices mais curtos da curva de juros futuros subiriam pela expectativa de maior pressão inflacionária. Os vencimentos mais longos seriam pressionados pela elevação dos juros longos americanos.

Superintendência de Economia
Sul América Investimentos – Associada ao ING
www.sulamericainvestimentos.com.br

Topo