Hoje na Economia 02/08/2016

Edição 1572

02/08/2016

Permanece o quadro de aversão ao risco, nesta manhã. As preocupações com um crescimento claudicante da economia mundial permeiam os negócios, derrubando o dólar, elevando os preços dos títulos governamentais e valorizando moedas, como o iene japonês.

Pelo lado americano, o índice futuros de ações S&P 500 recua 0,20% nesta manhã, refletindo as perspectivas de baixos lucros empresariais em meio ao fraco desempenho da economia americana nos últimos trimestres. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 0,90% no momento, situando-se em 1,535% ao ano. O índice DXY, que segue o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas, situa-se em 95,418 pontos, caindo 0,31%. Serão divulgados os dados referentes à renda e gastos pessoais de junho (ambos devem subir 0,3% M/M, segundo as projeções), bem como a inflação medida pelo PCE (consenso 0,9% A/A). São informações sobre consumo e inflação com poder de influenciar as apostas quanto ao momento em que o Fed retomará a alta dos juros.

Na Ásia, maioria das bolsas de ações fechou em baixa. O índice MSCI Asia Pacific recuou 0,70% no pregão desta terça-feira. Esse recuo refletiu a desvalorização dos papeis de empresas relacionadas à energia, captando a tendência de baixa do petróleo. Também pressionada por ações de energia, a bolsa de Tóquio fechou em baixa. O índice Nikkei registrou variação de -1,47%, no pregão de hoje. Nesta manhã, o dólar compra 101,71 ienes, contra 102,33 ienes de ontem à tarde. O governo aprovou um pacote de estímulos fiscais no valor de 28 trilhões de ienes (US$ 274 bilhões), no último esforço do governo japonês de afastar a ameaça de deflação e reavivar a economia japonesa. Na China, após um pregão indefinido, o índice Xangai Composto fechou em alta, registrando valorização de 0,61%. Em Hong Kong, mercados foram fechados devido a passagem do tufão Nida.

Na Europa, o índice STOXX600 recua 1,01%, no momento, com queda em todos os 19 grupos industriais que compõem o índice. Fracos resultados empresariais já divulgados, associados à queda das ações ligadas ao petróleo e mineração explicam a tendência de baixa de hoje. Demais praças também operam no vermelho: Londres -0,48%; Paris -1,37% e Frankfurt -1,29%. O euro é cotado a 1,1199 (+0,33%), contra US$ 1,1171 no fim da tarde de ontem.

No mercado de petróleo, os contratos futuros para entrega em setembro do petróleo WTI são cotados a US$ 40,32/barril, com alta de 0,57%, interrompendo a trajetória de queda observada ontem. O índice Geral de Commodity da Bloomberg registra alta de 0,57%, no momento. Metais básicos mostram queda de 0,34%, enquanto agrícolas recuam 2,10%.

Os resultados de balanços de importantes bancos domésticos devem calibrar o desempenho da Bovespa no dia de hoje, que também deve refletir os dados econômicos que serão divulgados nos EUA. No câmbio, o Banco Central faz novo leilão de swap reverso para dar sustentação ao dólar, enquanto os juros ficam de olho na divulgação da produção industrial de junho. Segundo o consenso do mercado, a produção industrial deve mostrar recuo de 6,3% frente a junho de 2015, o que significaria um avanço de 1,1% na comparação mensal, dessazonalizada.