Hoje na Economia – 02/08/2021

Hoje na Economia – 02/08/2021

Os mercados internacionais operam, nesta segunda-feira, com altas moderadas, em meio a um ambiente de maior propensão ao risco, o que mantém os juros dos Treasuries em alta e o dólar enfraquecido. No entanto, permanecem os temores quanto à escalada intervencionista do governo da China e avanço da variante delta do coronavírus em várias partes do mundo. Nesta segunda-feira, uma safra de bons resultados corporativos sustenta o movimento de alta na maioria das bolsas de ações.

Os juros dos Treasuries de longo prazo operam em alta. O yield do T-Note de 10 anos sobe dois pontos base, para 1,23% ao ano. O índice DXY do dólar recua 0,20%, situando-se em 91,99 pontos. Entre as principais moedas, o euro com alta de 0,12% em US$ 1,1884, enquanto a libra valoriza 0,10%, para US$ 1,39518; o iene é cotado a ¥109,66/US$ (-0,06%). No mercado futuro das bolsas de Nova York, o índice Dow Jones sobe 0,50% no momento; o S&P 500 avança 0,58%; Nasdaq tem alta de 0,55%. No noticiário de fim de semana, o Senado americano chegou a um acordo sobre o texto do pacote de infraestrutura, que deve ser levado a votação nesta semana. Na agenda econômica, a ISM divulga o índice de gerentes de compras da indústria americana, que deve mostrar moderação no ritmo de crescimento, tolhido pela escassez de matérias primas e dos elevados custos de produção.

Na Ásia, os mercados fecharam exibindo altas expressivas. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, fechou a sessão de hoje com ganho de 1,4%, com impacto positivo dos balanços corporativos, deixando em segundo plano o recuo na leitura sobre atividade industrial na China. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,82% no pregão de hoje. O resultado refletiu o desempenho de papéis de empresas que publicaram balanços nem avaliados pelo mercado, compensando as preocupações com as medidas de lockdown adotadas para conter a disseminação da covid-19. Na China, o índice Xangai Composto avançou 1,97%, com destaque para as ações de montadoras e companhias de bebidas, compensando as perdas com siderúrgicas, devido à intenção do governo chinês em reduzir emissões de gases causadores do efeito estufa. Foi divulgado o índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria, pela Caixin Media/ Markit, que caiu de 51,3 em junho para 50,3 em julho, na mínima de 16 meses, apontando para a moderação do crescimento chinês no segundo semestre.

As principais bolsas da Europa operam em alta, nesta manhã, por conta de resultados corporativos como HSBC; Heineken; Axa e Meggit. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com ganho de 0,71%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,08%; o CAC40 avança 0,80% em Paris; o DAX valoriza 0,33% em Frankfurt. A IHS/Markit divulgou o índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial da zona do euro, que recuou de 63,4 em junho para 62,8 com a leitura final de julho, refletindo as dificuldades em atender aos pedidos devido aos gargalos na produção, que resultam, também, em alta dos preços pagos.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, com os investidores mais cautelosos diante dos sinais de desaceleração da economia da China, bem como do aumento das tensões entre EUA e Irã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 73,13/barril, com recuo de 1,11%, no momento.

No mercado doméstico, o fim do recesso parlamentar e a volta das preocupações com a questão fiscal devem pesar sobre a percepção de risco dos investidores. A Bovespa pode subir no pregão de hoje, aproveitando o movimento de alta no exterior, muito embora fique sujeita as turbulências políticas domésticas. O real pode se beneficiar ante o dólar mais fraco lá fora, enquanto os juros futuros devem se manter praticamente estáveis.

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