Hoje na Economia – 02/09/2020

Hoje na Economia – 02/09/2020

Os ativos de risco em geral devem experimentar mais um dia de valorização, notadamente as ações, apesar dos sucessivos recordes de alta batidos recentemente. Indicadores positivos divulgados na China e nos EUA reforçam a esperança de que a economia global se recupera do choque da pandemia de coronavírus. Nesta quarta-feira, esperando confirmar o bom momento vivido pela economia americana, investidores acompanharão a divulgação de indicadores sobre o mercado de trabalho, a divulgação do relatório econômico do Fed, conhecido como Livro Bege, e pronunciamentos de membros do banco central americano.

A expectativa de confirmação do bom desempenho econômico dos EUA leva o dólar a se recuperar frente às divisas consideradas fortes. O índice DXY do dólar sobe 0,29% no momento, situando-se em 92,60 pontos. O yield da Treasury de 10 anos sobe um ponto base para 0,68% ao ano. Os analistas do mercado projetam criação líquida de 1 milhões de postos de trabalho no setor privado em agosto, segundo pesquisa da ADP que será divulgada, nesta manhã. Às 15h o FED pública o Livro Bege. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta, apontando para mais uma abertura positiva para o mercado acionário americano. O futuro do Dow Jones sobe 0,73%; S&P 500 avança 0,71%; Nasdaq se valoriza 1,03%.

Na Ásia, mercados fecharam com resultados mistos, não mostrando direcional único. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific fechou a sessão desta quarta-feira com alta de 0,30%. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,17%, enquanto o Hang Seng teve queda de 0,26% em Hong Kong. A moeda chinesa, yuan, se valoriza ante o dólar pelo quarto dia seguido, refletindo o bom desempenho da segunda maior economia do mundo. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,47% em Tóquio, com base na alta das ações do setor de eletrônica. O sul-coreano Kospi fechou com ganho de 0,63% em Seul, favorecido pelas ações de varejistas e empresas de internet. Em Taiwan, o Taiex registrou baixa marginal de 0,03%. No mercado de moeda, o dólar é negociado a 106,18 ienes, contra 105,96 ienes de ontem à tarde.

As bolsas europeias iniciaram o pregão de hoje com altas significativas, após fecharem o pregão de ontem majoritariamente em baixa, acompanhando a divulgação de fracos indicadores da região. Nesta manhã, o índice intercontinental de ações, STOXX600, opera com alta de 2,14%. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,89%; o CAC40 avança 2,44% em Paris; em Frankfurt, o DAX se valoriza 2,47%. O euro é negociado a US$ 1,1869, recuando ante o valor de US$ 1,1916 de ontem à tarde.

A American Petroleum Institute reportou que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA teve queda de 6,4 milhões de barris na última semana. Esse dado, somado ao fortalecimento da economia chinesa, favorece os preços da commodity, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para outubro é negociado a US$ 42,88/barril, com alta de 0,28%.

O encontro, ontem, do presidente Bolsonaro com o ministro Paulo Guedes e lideranças do Congresso resultou em um choque positivo nas expectativas dos agentes econômicos, ao destravar a agenda de reformas, favorecendo uma avaliação positiva para a evolução da política fiscal nos próximos anos. Ontem a Câmara dos Deputados aprovou a Lei do Gás, marco regulatório que deve atrair investimentos privados para o setor. Segue agora para aprovação no Senado. Amanhã, o governo deve enviar a reforma administrativa ao Congresso. A melhora do humor interno e o ambiente externo positivo devem favorecer os ativos domésticos. A Bovespa deve se manter em alta; o dólar pode buscar se aproximar de R$ 5,30/US$ e os juros futuros devem permanecer em queda.

Topo