Hoje na Economia 02/10/2018

Hoje na Economia 02/10/2018

Edição 2109

02/10/2018

Aversão ao risco permeia os negócios nesta terça-feira. Na Europa, os movimentos políticos do governo populista italiano são vistos com preocupação, ameaçando a unidade do euro. Por outro lado, permanecem as tensões comerciais e políticas entre a China e os EUA, azedando o humor dos investidores na região asiática.

O euro permanece em queda pelo quinto dia seguido, sendo negociada a US$ 1,1517, encontrando-se no menor nível das últimas três semanas. Reflexo da afirmação de integrantes do governo italiano, de que o problema fiscal do país seria resolvido caso a Itália tivesse sua própria moeda. Integrantes da Comissão Europeia, por sua vez, alertam contra o risco de uma crise estilo Grécia ocorrer na Itália. O índice pan-europeu de ações recua pelo terceiro pregão consecutivo. No momento, o índice STOXX600 opera com queda de 0,81%. Em Londres, onde as preocupações com o Brexit permanecem, o índice FTSE100 recua 0,61%; em Paris, o CAC40 perde 1,18%; em Frankfurt, o DAX tem recuo de 0,91%. A bolsa de Milão recua 0,89%.

Em meio a esse clima de aversão ao risco, o dólar se valoriza frente às principais moedas fortes. O índice DXY encontra-se em 95,65, subindo 0,37%, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua para 3,052% ao ano de 3,086% de ontem à tarde. O ambiente não está propício ao mercado de ações, que pode amargar um dia de perdas, conforme sinalizam os futuros da bolsa de Nova York. No momento, o índice futuro do Dow Jones opera em baixa de 0,37%; o S&P 500 cai 0,33%; Nasdaq perde 0,49%. Os ativos dos mercados emergentes, em geral, operam em baixa. O MSCI Emerging Market cai 1,4%, o mais baixo em duas semanas.

Na Ásia, onde os mercados da China permanecem fechados por conta de feriado, não houve uma tendência única, nesta terça-feira. A bolsa de Tóquio chegou a operar no vermelho, mas melhorou e fechou com leve alta (índice Nikkei: +0,10%), atingindo nova máxima de fechamento em 27 anos. A performance modesta das ações japonesas refletiu, também, o fortalecimento do iene diante do dólar, afetando negativamente as ações de exportadoras. O dólar é negociado e 113,70 ienes de 113,96 ienes do final da tarde de ontem. Em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou queda de 2,38%, refletindo preocupações com o enfraquecimento da economia chinesa. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1,25%; em Taiwan, o Taiex fechou em baixa de 1,20%.

O petróleo opera em território positivo, nesta manhã, se mantendo próximo das máximas de quatro anos. A commodity é favorecida pelo acordo comercial fechado entre EUA, Canadá e México, reforçando expectativas positivas em torno da demanda, e pelas sanções ao Irã, que deve implicar em menor oferta mundial. Nesta manhã, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 75,61/barril, com alta de 0,41%.

A pesquisa Ibope divulgada ontem, ampliando a distância de Jair Bolsonaro em relação a Fernando Haddad, deve contribuir para o bom humor do mercado nesta manhã, atenuando um pouco a aversão ao risco que prevalece no exterior. Na agenda econômica, o IBGE divulga a produção industrial de agosto, que deve mostrar alta moderada no mês (0,2%) pelo dado dessazonalizado e aumento de 2,8% em relação ao produzido em igual mês de 2017, segundo o consenso do mercado. Mais cedo, a Fipe divulgou o IPC-Fipe de setembro, que mostrou que a inflação paulista subiu 0,39% no período, após alta de 0,41% em agosto.

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