Hoje na Economia 02/12/2016

Edição 1656

02/12/2016

Investidores mais avessos ao risco no dia de hoje, demonstrando cautela antes da publicação de novos dados do mercado de trabalho dos EUA (hoje as 11h30) e do referendo na Itália, neste domingo. O relatório de emprego deverá vir em linha com o maior dinamismo que a economia tem apresentado nos meses recentes, reforçam o cenário de alta da taxa básica de juros na reunião do Fomc, neste mês. Segundo o consenso, a economia americana deve ter criado 180 mil novas vagas em novembro (161 mil em outubro), enquanto a taxa de desemprego deve permanecer em 4,9% da força de trabalho.

O futuro da principal bolsa de ações americana, S&P-500, registra baixa de 0,27%, nesta manhã. O dólar recua frente às principais moedas (dólar índex: -0,58%, situando-se em 100,9). O juro pago pela T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,434% ao ano.

Na Europa, predomina a aversão ao risco, com os mercados de ações operando em baixa, à espera dos dados sobre emprego nos EUA e do referendo italiano. O índice STOXX600 recua 1,32%, no momento, enquanto o índice DAX, de Frankfurt, registra queda de 1,22%; o CAC40 de Paris perde 1,55%; em Londres, o FTSE100 cai 0,94%. O euro troca de mãos a US$ 1,0663 (+0,06%), contra US$ 1,0654 no fim da tarde de ontem.

Na Ásia, bolsas fecharam em baixa, de olho nos EUA e na Itália. O índice MSCI Pacific recuou 0,40%, refletindo não só a cautela diante da agenda econômica de hoje, como também o fim do rali gerado pela eleição de Donald Trump. No Japão, a bolsa de Tóquio fechou com queda de 0,47%, segundo o índice Nikkei. Pesou, também, o fortalecimento do iene ao longo da sessão, prejudicando as ações das exportadoras. A moeda americana é cotada a 113,79 ienes, com a moeda japonesa mostrando valorização de 0,32%, no momento. Na China, o índice Xangai Composto fechou em baixa de 0,90%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong apurou desvalorização de 1,37%.

No mercado de petróleo, os futuros operam em baixa, num aparente movimento de realização de lucros após os fortes ganhos ocorridos desde que a Opep anunciou a redução de sua produção em 1,2 milhão de barris/dia. O contrato do tipo WTI para entrega em janeiro é negociado a US$ 50,95/barril (-0,25%), nesta manhã. Demais commodities também operam em baixa, com destaque para metais básicos (-0,39%); metais preciosos (-0,27%); agrícolas (-1,21%).

A Bovespa deve manter sua trajetória incerta e volátil dos últimos pregões, evoluindo ao sabor das notícias sobre a crise política doméstica, como também sofrendo os efeitos dos dados americanos sobre os mercados mundiais. Juros e câmbio devem seguir as flutuações do humor dos investidores em relação às notícias políticas, como também deverão aguardar a divulgação da payroll americana para definir uma tendência mais clara para hoje.