Hoje na Economia – 02/12/2021

Hoje na Economia – 02/12/2021

 

As principais bolsas internacionais iniciam esta quinta-feira operando sem um direcional único, tendo a volatilidade como denominador comum. As expectativas sugerem que esse ambiente volátil deve persistir no mercado financeiro neste final de ano, baseado no endurecimento da política monetária do Fed para combater a inflação, em um momento em que a variante ômicron da covid-19 pode colocar obstáculos à recuperação global.

Os mercados continuam repercutindo o pronunciamento do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso americano, que considerou acelerar a redução das compras de ativos (hoje a diminuição está em US$ 15 bilhões/mês), ao avaliar como persistente o atual processo inflacionário. Isso deixa a porta aberta para iniciar a alta da taxa de juro de referência mais cedo do que se esperava. O yield do T-Bond de 10 anos voltou a subir, mas ainda permanece abaixo de 1,50% ao ano, situando-se em 1,45% no momento. O índice DXY do dólar opera em alta, situando-se em 96,10 pontos, subindo 0,05%. Os sinais de que o Fed deve acelerar o processo de aperto monetário, ao lado das incertezas decorrentes da variante ômicron do coronavírus, favorecem a demanda pela divisa americana. O euro sobe 0,04% ante ao dólar, cotado a US$ 1,1326/€; a libra encontra-se em US$ 1,3298/£ (+0,14%), enquanto o iene se deprecia 0,36%, negociado a 113,19¥/US$. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em alta nesta manhã, ensaiando recuperação após as fortes perdas de ontem. Investidores avaliam, também, que a ameaça representada pela variante ômicron seja menor do que se suspeitava. O futuro do Dow Jones sobe 0,46%; S&P 500 opera com alta de 0,62%; Nasdaq valoriza 0,39%.

Na Ásia, as bolsas fecharam o pregão de hoje não mostrando tendência única. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,20%, nesta quinta-feira. As ações da região permanecem próximas no patamar mais baixo dos últimos doze meses, com os gestores avaliando o potencial impacto econômico da variante ômicron, sem perder de vistas os esforços do Fed para conter a pressão inflacionária. O índice Nikkei encerrou a sessão em queda de 0,65%. A ação da Japan Airlines recuou 2,47% em meio à incerteza sobre as restrições a viagens no Japão. Na China, o índice Xangai Composto perdeu 0,09%, onde os destaques de baixas também foram os papéis de empresas aéreas. Em Hong Kong, o Hang Seng subiu 0,55%, enquanto o Taiex avançou 0,79% em Taiwan. O sul-coreano Kospi registrou valorização de 1,57% em Seul.

Na Europa, as bolsas exibem fortes quedas, em meio às incertezas quanto à variante ômicron do coronavírus já detectada em vários países da região. Os setores de viagens e transportes aéreos estão entre os mais prejudicados. Os papéis de tecnologia também recuam por conta de sinalização da Apple sobre a baixa demanda pelo seu novo modelo de IPhone. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, cai 1,07%, no momento. Em Londres, o FTSE100 recua 0,72%; o CAC40 registra perda de 1,02% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,78%.

As commodities operam em alta (índice geral de commodity Bloomberg sobe 0,32%) com destaque para petróleo e metais. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 66,44/barril, com alta de 1,33%. O foco hoje está na reunião da Opep+ que deve decidir, nesta quinta-feira, sobre o nível de produção em meio às incertezas sobre oferta e demanda diante do receio de uma nova onda da pandemia.

No mercado doméstico, o IBGE divulga o PIB do terceiro trimestre que deve ficar estável (0%) em relação ao trimestre anterior, segundo a mediana das projeções dos analistas. Em relação a igual período do ano passado, o PIB deve exibir avanço de 4,3%. A Fipe divulgou a inflação paulista de novembro, que subiu 0,72% no mês, abaixo do piso das projeções, acumulando alta de 9,10% em doze meses. Na política, o Senado deve votar a MP do Auxílio Brasil (às 9hs) e a PEC dos precatórios.

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