Hoje na Economia 03/02/2014

Hoje na Economia 03/02/2014

Edição 963

03/02/2014

Mercados operam nessa manhã mantendo o mesmo panorama volátil e cauteloso observados nos últimos dias. O foco desta semana se concentra nos indicadores do mercado de trabalho norte-americano, a serem conhecidos nos próximos dias.

No momento, repercute o índice PMI oficial da indústria da China, que em dezembro recuou para 50,5 pontos (novembro 51,0 pts), o mais baixo dos últimos seis meses, refletindo a desaceleração da produção e de novas encomendas.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam em direções divergentes, em dia em que China e Hong Kong estão fechados por conta de feriado. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,3%. Em Tókio, o índice Nikkei registrou perda de 1,98%, entrando em fase de correção. Contribuíram para a queda o mau desempenho das bolsas americanas na sexta-feira, bem como o enfraquecimento do dólar frente ao iene. A moeda americana é negociada a 102,16 ienes, contra 102,50 ienes do início do pregão japonês.

O euro opera próximo do menor patamar dos últimos dois meses, em meio a especulações de que o Banco Central Europeu (BCE) poderá cortar os juros em sua reunião de política monetária que acontece nesta semana. Fracas pressões inflacionárias, alimentando temores de deflação, motivariam o BCE à nova rodada de estímulo monetário. O euro é cotado a US$ 1,3499 no momento, esboçando ligeira reação ante ao valor de US$ 1,3489 de sexta-feira à tarde. O mercado de ações opera sem um direcional claro, nesta manhã. O índice STOXX600 oscila em torno da estabilidade, enquanto Londres sobe 0,26%; Paris -0,02% e Frankfurt -0,11%.

Os índices futuros das principais bolsas americanas registram valorizações positivas, no momento. O S&P sobe 0,11%, enquanto o D&J avança 0,10%. O dólar mostra certa estabilidade frente às principais moedas (dólar index: -0,07%), enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,66% ao ano. Na agenda, será conhecido o ISM-manufatura de janeiro que deverá ficar em 56,0 pontos (57,0 pontos em Dez.), segundo as projeções do mercado.

No mercado de petróleo, novos sinais de desaceleração na China derrubam os preços do produto. O tipo WTI é negociado a US$96,97/barril, com queda de 0,53%, no momento. Commodities em geral também operam no vermelho, com destaque para metais (-0,22%); e energéticas (-0,46%). Agrícolas encontram-se oscilando ao redor da estabilidade.

O Ibovespa segue procurando um novo suporte. Sem perspectiva de reação firme, uma provável recuperação deverá refletir algum ajuste técnico em um momento de melhora do quadro internacional. Mercado de câmbio deve permanecer volátil. Reflete o cenário externo adverso aos emergentes em geral, como também as vulnerabilidades exibidas pela economia brasileira. A curva de DIs futuros tem sido fortemente pressionada nas últimas semanas, com os diferentes vencimentos precificando ajustes agressivos na taxa de juros. Ainda que o Banco Central (BC) não sancione esses movimentos, fica evidenciada a necessidade de uma reação da política econômica doméstica.

Topo